Assembleia Municipal de Viseu: BE contra processo e cobertura do Mercado 2 de Maio

“Um centro histórico vivo tem de ter as crianças a brincar nas praças e não colocar já uma dívida (a juntar às outras) de 4,3 milhões às suas costas. Não será esta cobertura a ressuscitar o nosso centro histórico”

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  • 15:22 | Domingo, 28 de Fevereiro de 2021
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“Bloco de Esquerda, CDU, PS e CDS apresentaram na Assembleia Municipal de ontem, dia 26 de fevereiro, uma moção conjunta, unindo-se ao movimento cívico nacional que contesta a cobertura da Praça do Mercado 2 de Maio, no centro da cidade de Viseu.

A Deputada pelo Bloco de Esquerda nesta Assembleia, Catarina Vieira, na sua intervenção, comunicou que o partido continua a estar “contra o processo e contra esta cobertura. Tal como estivemos, juntamente com arquitectos, a dar a nossa opinião nos poucos debates públicos. Aliás, nunca foram conhecidos resultados, indicadores ou conclusões do referido “debate público”. Até que foi escolhido o 2.º classificado sem nunca ter sido dada a conhecer qualquer justificação por parte do Executivo Municipal para esta escolha.”

“Um centro histórico vivo tem de ter as crianças a brincar nas praças e não colocar já uma dívida (a juntar às outras) de 4,3 milhões às suas costas. Não será esta cobertura a ressuscitar o nosso centro histórico”, frisou, referindo-se ao valor previsto para a obra de cobertura da Praça.


Como defendeu a deputada municipal do Bloco na sua intervenção, um centro histórico vivo não é compatível com um centro histórico com “dias e horas certas para eventos, transformado em parque de diversões”, ou com “um comércio morto, porque ao longo de décadas se deu primazia aos centros comerciais e às grandes superfícies.” Pelo contrário, “um centro histórico tem de ser vivido, habitado 365 dias por ano”. Para tal, apontou como necessário “criar habitação no centro histórico, social, acessível”.

A moção conjunta foi reprovada com 13 votos a favor, 1 abstenção e 32 votos contra, porém, destacamos que “nunca é tarde para a cidadania, e por isso nos associámos ao Movimento Nacional para a Defesa do Mercado 2 de Maio”. Também por esse motivo não damos esta luta como vencida e continuaremos, sempre, a defender os interesses do centro histórico, da cidade e da sua população!”

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