APSTE lamenta o tratamento de exceção concedido ao futebol por parte das autoridades portuguesas

É inacreditável a permissividade concedida a alguns, um pouco por todas as regiões do país, quando andamos há mais de um ano sem poder desenvolver a nossa atividade sob o pretexto de que os concertos, peças de teatro, festivais, e outros tantos eventos, são um risco para a saúde pública.

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  • 13:50 | Sexta-feira, 14 de Maio de 2021
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Na sequência das imagens que o país assistiu como consequência da conquista do título de campeão nacional, em que foram permitidas aglomerações a milhares de adeptos e muitos sem estarem devidamente protegidos contra os perigos da pandemia, a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) vem por este meio expressar a sua profunda indignação face aos dois pesos e duas medidas aplicados pelo Governo no momento de tomar decisões em relação à indústria do futebol.

“É inacreditável a permissividade concedida a alguns, um pouco por todas as regiões do país, quando andamos há mais de um ano sem poder desenvolver a nossa atividade sob o pretexto de que os concertos, peças de teatro, festivais, e outros tantos eventos, são um risco para a saúde pública. Então como classificaria o Governo àquele espetáculo a que tivemos oportunidade de assistir, sobretudo nas principais artérias de Lisboa, através de todas as televisões? ”, questiona Pedro Magalhães, Presidente da APSTE.

“Convém não esquecer que existem pessoas neste país sem trabalho, que perderam negócios de toda uma vida, inclusivamente a passar fome, exatamente devido às condicionantes trazidas pela pandemia e que tantas vezes serviram de alibi para as autoridades impedirem o normal desenvolvimento das atividades”, acrescenta o responsável.

“O setor da cultura e dos eventos tem sido um dos mais afetados por este tipo de decisões e continuamos a atravessar uma espécie de período probatório em que, para podermos trabalhar, somos constantemente alvo de testes-piloto extremamente rigorosos. Já o futebol, sobretudo depois de vermos as imagens dos últimos dias, parece viver numa realidade paralela, em que tudo é permitido, sem prejuízo do que daí possa advir”, conclui Pedro Magalhães.


 

 

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