Vila Nova de Paiva – Braço de ferro Brás / Alves

Pedro Alves, presidente da distrital teve outra opinião e, ao arrepio da decisão da concelhia, escolheu José Manuel Rodrigues, bancário, a exercer presentemente funções autárquicas como presidente da Assembleia Municipal, pelo PS. Terá as suas razões. Que e de facto ninguém conhece, segundo fontes locais.

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  • 18:09 | Domingo, 07 de Março de 2021
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Começo por declarar que sou amigo dos dois presumíveis candidatos do PSD, em Vila Nova de Paiva, às autárquicas do próximo Outubro. Creio, aliás, que até fui professor de ambos, em tempos já distantes. Refiro-me a António Tavares e José Manuel Rodrigues, dois respeitáveis cidadãos, com valor e provas profissionais dadas.

Vila Nova de Paiva tem um órgão político concelhio legitimamente eleito. À sua cabeça está Fernando Brás, há mais de quarenta anos um indefectível do PSD.

A concelhia do PSD, dentro do estatutariamente previsto, escrutinou o nome que achava o mais indicado para encabeçar as listas das próximas autárquicas: António Tavares, engenheiro mecânico, ex-autarca do PSD. Nome esse que tornou público através da comunicação social, tendo-o comunicado também aos orgãos distritais e nacionais do partido.


Pedro Alves, presidente da distrital teve outra opinião e, ao arrepio da decisão da concelhia, escolheu José Manuel Rodrigues, bancário, a exercer presentemente funções autárquicas como presidente da Assembleia Municipal, pelo PS. Terá as suas razões. Que e de facto ninguém conhece, segundo fontes locais.

Ultrapassando as bases e, numa decisão autocrática algo descabelada, reuniu esta passada semana com alguns militantes do partido, sem a presença do presidente da concelhia, Fernando Brás. Aliás, passando-lhe um atestado de incompetência, que este – como qualquer outro militante – terá muita dificuldade em engolir.

Sabem-se das simpatias de Pedro Alves por Luís Montenegro, de quem se apresentou como braço direito na luta contra Rui Rio. Independentemente da refrega autárquica, um eventual mau resultado do PSD nestas eleições e a nível nacional servirá como excelente “cavalo de Tróia” para derrubar Rio.

Vai daí, talvez esta putativa explicação seja plausível calçadeira para dividir as hostes laranjas locais, criando inimigos dentro das próprias trincheiras – os piores.

Para já, neste 1º round do combate de boxe, o resultado é Alves 1 – Brás 0.

O candidato do PS, o advogado Paulo Marques, também meu ex-aluno, que muito estimo, do camarote, assiste interessado e perplexo a estas lutas fratricidas provocadas por Pedro Alves.

Se o seu candidato, José Manuel Rodrigues, não alcançar a vitória, a derrota será sempre imputada ao líder da distrital, que aqui como noutros concelhos, aparenta alguma desorientação.

Só não se sabe se é voluntária e natural ou provocada e contra-natura…

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Publicado em Opinião