Uma distopia

Diz-se, ainda não há “pico de gripe”, há sinais de aceleração. A gripe está a caminho. As Urgências já estão congestionadas. Vale perguntar: porquê?!

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  • 21:29 | Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2020
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Em 2017, Viseu (3.930) e Guarda (3.932) são dois dos distritos com maior número de idosos a viver em situação de vulnerabilidade, sinalizados pela GNR.

São números que apontam pistas para explicar a sobrelotação dos hospitais públicos.

Diz-se, ainda não há “pico de gripe”, há sinais de aceleração. A gripe está a caminho. As Urgências já estão congestionadas. Vale perguntar: porquê?!


Entre outras razões, por haver gente que vive muito mal. Subnutrida. Sozinha. Com frio e sem agasalhos. Cada vez mais idosos abandonados nas suas próprias casas. E gente sem casa, na rua, sem recursos e meios. Os idosos necessitam de quem cuide deles. É com eles que as urgências e as camas dos hospitais se esgotam e caminham para a pré-rotura.

Quando chegar mesmo o pico de gripe, como será?!… Vão sobrar as queixas de que o SNS não responde. Certo é que o SNS desespera por ser o único local de recurso dos deserdados da vida — as urgências são uma distopia. Vai daí, a pergunta: será que algum dia um ainda melhor SNS poderá resolver a parafernália de problemas sociais que desaguam nos serviços de urgência?!…

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Publicado em Opinião