De facto, elas sucedem-se em cadência, cada vez mais repetitiva e mais próximas umas das outras.
O Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgou no dia 10 deste mês os nomes para as que se avizinham.
São elas: Aitor, Berenice, Caetano, Dorothea, Enol, Floriane, Garoe, Herminia, Ivo, Jana, Konrad, Laurence, Martinho, Nuria, Olivier, Pauline, Rudiger, Salma, Timothee, Vanda, Wolfgang.
Enquanto a Cláudia está a passar por Portugal, com ventos e chuvas fortes, com trovoadas e ondulações alterosas, se deitarmos uma olhadela aos nomes de algumas já ocorridas, por esse mundo além, encontramos:
Alberto, Beryl, Debby, Ernesto, Francine, Gordon, Helene, Isaac, Joyce, Kirk, Leslie, Milton, Nadine, Oscar, Patty, Rafael, Sara, Tony, Valerie, William, Andrea, Chantal, Gabrielle, Imelda, Karen, Lorenzo, Melissa, Nestor, Olga, Rebekah, Tanya, Wendy … e por aí fora.
Satisfeito fico eu ao descobrir que nenhuma delas se chamou Paulo, o nome deste cronista, o que enfatiza e comprova aquilo que há muito não ignoramos: a nossa pacífica postura, a nossa seráfica placidez, a nossa fleumática condição.
Mas tirando esta pequena rábula, o determinante é percebermos que todas estas tempestades são um mero efeito de uma causa, sensu latu, as continuadas e imparáveis agressões do homem à natureza, a sua provocação crónica o desafio à sua milenar compostura e previsibilidade.
Na sua insane ganância, o homem, a troco do vil metal, destrói mais que qualquer uma destas tempestades, sendo elas, nem mais nem menos, do que a ainda comedida reacção aos seus desvarios, à sua inconsciência, à sua malvada ambição.