SEJA UM AGENTE ATIVO DO SEU ENVELHECIMENTO

    “Dos numerosos estudos realizados sobre este setor da população, deduz-se que a conduta pode fazer variar até 15 anos a esperança de vida. O exercício físico é muito importante, a longevidade é um destino ao qual se chega com as duas pernas.”   (Kaare Christensen, Danish Aging Research Center )   A esperança […]

  • 7:27 | Segunda-feira, 23 de Abril de 2018
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“Dos numerosos estudos realizados sobre este setor da população, deduz-se que a conduta pode fazer variar até 15 anos a esperança de vida. O exercício físico é muito importante, a longevidade é um destino ao qual se chega com as duas pernas.”  


(Kaare Christensen, Danish Aging Research Center )

 

A esperança média de vida tem aumentado, aproximadamente, dois meses por ano. São cada vez mais as pessoas que chegam a idades avançadas da vida com saúde e ativos. Infelizmente, no nosso país falta, ainda, fazer corresponder à esperança de vida a qualidade de vida, ou seja, somar mais saúde aos anos.

Ao analisarmos os dados compilados no livro Desigualdades Sociais, Portugal e a Europa[1], constamos que, de facto, vivemos mais anos do que a média da EU, mas com menos saúde.

Portugal tem uma esperança de vida de 81,3 anos, acima da média europeia (80,9) e ao nível dos países mais ricos. Contudo, se compararmos os anos de vida saudável, estamos mais próximos dos países de Leste. A média nacional é de mais seis anos de boa saúde depois dos 65, enquanto a Suécia e a Dinamarca têm mais 12 (mulheres) e mais dez (homens).

O foco dos investigadores, mais do que perseguir a quimera da imortalidade, deverá ser o de converter em realidade o sonho de um envelhecimento mais saudável.

Recentemente, Francisco José Iborra, Diretor do Departamento de Biología Molecular y Celular del Centro Nacional de Biotecnologia no Foro Reto al Futuro (Fórum Desafios do Futuro), afirmou que “De um ponto de vista biomédico, viver mais não significa apenas viver mais anos, mas também devemos garantir que chegamos à velhice com um estado de saúde melhor.”

Segundo os biodemógrafos, apenas 25% das diferenças na longevidade resultarão da genética, resultando cerca de 75% de variáveis ambientais: socioeconómicas; educativas, sistema de saúde; meio ambiente; estilos de vida…

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o estilo de vida adotado, por cada individuo, determinará muito o seu processo de envelhecimento e a maior ou menor longevidade saudável.

Cada indivíduo é um agente ativo do seu próprio envelhecimento!

Entre os hábitos comportamentais, determinantes de uma velhice ativa e saudável, poder-se-ão destacar: a realização de exercício físico regular; manter uma dieta equilibrada; cuidar da própria saúde; seguir as prescrições médicas; não fumar e beber moderadamente.

Rocío Fernández-Ballesteros, coordenadora do Simposio Internacional: Longevidad y Comportamiento, entende que “A emoção positiva, a positividade na vida parece ter efeitos positivos no nosso sistema biológico.”

A professora Rikke Lund, do Departamento Public Health & Center for Healthy Aging, considera que as relações sociais são um importante fator psicossocial para a longevidade e que viver com outra pessoa tem um efeito protetor, funcionando como filtros contra o stress, protegendo-nos de possíveis doenças.

Adote um estilo de vida saudável, socialize, seja positivo e otimista!

 

 

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Publicado em Opinião