Resgatem-se cidadãos honestos e não banqueiros

Enquanto assistimos a uma alegada manipulação das contas do nosso Estado, o representante do Banco Central da Islândia, Gylfi Zoega, diz que Governo português deve ser investigado face ao elevado endividamento do Estado e bancos portugueses.

  • 10:15 | Terça-feira, 27 de Outubro de 2015
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Enquanto assistimos a uma alegada manipulação das contas do nosso Estado, o representante do Banco Central da Islândia, Gylfi Zoega, diz que Governo português deve ser investigado face ao elevado endividamento do Estado e bancos portugueses.

A Islândia, na sequência da grave crise económica que sofre desde 2008, derivada do colapso do seu sistema financeiro (que chegou a ser 10 vezes maior que o P.I.B.), também teve de recorrer ao Fundo Monetário Internacional para resolver os seus problemas de financiamento, mas devido a responsabilização e coordenação política, garantiu-se que as medidas tivessem os efeitos desejados junto dos pequenos clientes de retalho bancário lesados e contribuintes.

Em 2012, o ex-Secretário do Ministro das Finanças da Islândia, Baldur Guolaugsson já tinha sido condenado a 2 anos de prisão, por abuso de informação  e até á presente data o sistema judicial da Islândia condenou a penas de prisão, 26 banqueiros e diretores de Bancos do país, considerados culpados pela crise financeira de 2008, designadamente por delitos relacionados com a crise. Onze ex-banqueiros foram condenados a penas de prisão até 6 anos de 4 anos ou mais, por manipulação extensiva do mercado, peculato e violação dos deveres fiduciários. E há ainda outros banqueiros e investidores à espera de sentença.


Enquanto isso, por cá, de acordo com o Ministério Público, o ex-presidente do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, vê as suas medidas de coação alteradas, podendo ficar em liberdade, mediante o pagamento de uma caução de três milhões de euros e o fundador do Banco Comercial Português (BCP), Jardim Gonçalves, foi condenado a uma pena de dois anos de prisão por crime de manipulação de mercado, que ficou suspensa mediante o pagamento de 600 mil euros.

Para quando o fim da impunidade de banqueiros em Portugal?

 

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Publicado em Opinião