A distrital do PSD decretou pelo período mínimo de um mês quaisquer actividades políticas de cariz mais público, assim como reuniões envolvendo várias pessoas. Uma medida consonante com a realidade que vivemos.
O PS nacional decidiu adiar todas as actividades colectivas, nomeadamente as eleições federativas que decorreriam no próximo fim de semana.
Dos restantes partidos locais nada se sabe, mas pela sua dimensão não seria expectável haver grandes e perigosos ajuntamentos.
Na desistência de uma recandidatura de António Borges à Federação do PS Viseu, como é do conhecimento público, surgiram dois candidatos numa digladiação dura pelo lugar de topo do distrito. Arrastando consigo as suas clientelas partidárias, não têm dado tréguas um ao outro nem a ninguém. Excesso de poluição áudio visual por parte da candidatura de João Paulo Rebelo assim como um trabalho cirúrgico e silencioso por parte de José Rui Cruz e sua lugar-tenente Lúcia Silva, num jogo feroz pelas sobrevivências políticas futuras.
De facto, penda para qual lado pender – e na nossa óptica se um é mau o outro mau é – nada vai ser como antes, cisões abertas…
Uma parte da militância de Viseu apoia um e a outra parte outro, numa factual divisão. Será de 50/50? Mangualde apoia Rebelo. Parte de Lamego também, o presidente da autarquia incluído. Cruz é apoiado pela outra facção lamecense e pelos concelhos do Norte sob tutela aparelhística do cessante presidente, assim como por São Pedro do Sul e Santa Comba Dão. Estes são os concelhos que mais contam, que o mesmo é dizer, contabilizam mais eleitores com as quotas regularizadas. Ignoramos até, se neste frenesim vital, muitos acorreram a liquidar de última hora as quotas em atraso…
Com este adiamento, mais tempo terão para andar no terreno a sensibilizar indecisos e a prodigalizar promessas que, por mais boa vontade que tenham, deixarão de parte a maioria dos prometidos, levados ao colinho às urnas na hábil e cínica gestão das expectativas.