Passos Coelho não viu o filme “As mil e uma noites”!

    Não restam quaisquer dúvidas de que a coligação está a esconder o seu líder, todos os dias, dos portugueses, como se em política as pessoas pudessem hibernar e não tomar posição. Passos Coelho, não vai a entrevistas, não fala aos jornalistas, nada diz sobre o seu programa de governo (que ninguém conhece, diga-se […]

  • 10:09 | Quarta-feira, 09 de Setembro de 2015
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Não restam quaisquer dúvidas de que a coligação está a esconder o seu líder, todos os dias, dos portugueses, como se em política as pessoas pudessem hibernar e não tomar posição. Passos Coelho, não vai a entrevistas, não fala aos jornalistas, nada diz sobre o seu programa de governo (que ninguém conhece, diga-se em abono da verdade!), não aparece em outdoors, (aí só “caras” estrangeiras).


Diz-se que foram os “homens da estratégia” que assim decidiram. Seja lá pelo que for ou como for o que é facto é que Passos Coelho não se livra dos inúmeros casos que sobre si impendem e das inúmeras tropelias que tem previstas para implementar, caso viesse a vencer as eleições, situação de que os portugueses o dispensarão pelo voto, a partir do dia 4 de outubro.

E os casos são muitos. Desde a sua muito mal explicada situação obrigacional com a segurança social e a autoridade tributária, até às mentiras associadas aos subsídios de férias, natal e aumento de impostos, passando pelo convite à emigração dos jovens, tantas são as situações que estas nos bastam para todos percebermos perante que personagem nós estamos. Uma personagem opaca e que não merce confiança política.

Mas no que concerne às medidas que tem previstas para o futuro, o véu já se levantou e todos os dias se levanta mais um pouco, pese embora as tentativas permanentes de obnubilar a realidade para “vender” um produto metamorfoseado que, na realidade, não existe. Porém, alguma comunicação social, não muita, e alguns dos seus colunistas não têm deixado cair no esquecimento os 600 milhões de corte nas pensões, nem têm permitido que a privatização desenfreada da educação, da saúde e da segurança social sejam escondidas até às eleições por um qualquer processo de criogenia.

Aquilo que se pretende fazer com toda esta estratégia de fuga ao debate é, parafraseando Pacheco Pereira, tornar o Portugal real num Portugal invisível, para que possa singrar este Portugal eleitoral que nos querem vender com recurso a uma máquina global de comunicação.

Pelo contrário, António Costa, e bem, está aí, todos os dias em contacto com os portugueses, com a realidade. Depois de definir uma estratégia, de construir um cenário macroeconómico e de dar forma a um programa concreto de governo, está no país dos desempregados e dos pensionistas desesperados, no, para a coligação, país “invisível” a explicar que há outro caminho, que há outras políticas e que há um outro futuro para Portugal e para os portugueses.

Quanto a Passos Coelho, para perceber em que país está e o ridículo eleitoral que nos quer vender, aconselho-o a ir ver o primeiro filme, da trilogia “as mil e uma noites”, “o inquieto”, de Miguel Gomes, pois aí terá a oportunidade de perceber o ridículo do Portugal eleitoral que nos quer vender.

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Publicado em Opinião