Os “refugiados” da política

Entretanto, saiu hoje uma sondagem da Intercampus que dá 26,4% de intenções de voto no PS (25,4% em Dezembro), 20,8% na AD (22,5% em Dezembro) e 16,6% no Chega (11,6% em Dezembro).

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  • 12:28 | Terça-feira, 23 de Janeiro de 2024
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Tem-se visto um fenómeno migratório crescente de nomes sonantes de determinados partidos políticos que, de repente, ao fim de anos de militância activa, descoroçoados, encontram acolhimento noutros partidos políticos.

O PSD é um deles (no CDS-PP não se verifica, pois são poucochinhos…) e dele têm migrado, em concreto para o Chega alguns dos seus quadros. Também para o partido recém-chegado, a Nova Direita estão a sair. Porquê? Porque por mor das purgas intestinas deixaram de aparecer nas listas de candidatos a deputados em lugar elegível. E esta constatação dá-nos para um “study case” das motivações humanas destes servidores da polis.

Na IL, então, a debandada já atingiu números mais expressivos, com 40 significativos nomes a baterem com a porta, acusando Rui Rocha de “nepotismo”. Vá-se lá a saber porquê.

O Chega, por sua vez num ecumenismo de “universalidade da união”, todos acolhe, de braços abertos e abraços apertados. Venham de onde vierem são bem-vindos, num fenómeno bizarro supra ideológico e macro interesseiro.

No PS, Pedro Nuno Santos, recém sentado na cadeira de secretário-geral, ainda anda a fazer a purga aos apoiantes do rival José Luís Carneiro, tendo hoje a “deadline” para tornar públicas as suas escolhas.


Entretanto, saiu hoje uma sondagem da Intercampus que dá 26,4% de intenções de voto no PS (25,4% em Dezembro), 20,8% na AD (22,5% em Dezembro) e 16,6% no Chega (11,6% em Dezembro).

Interessante é ver que a AD (o PSD coligado com o CDS-PP e o PPM) desce 1,9% e que o Chega sobe 5%)

Fevereiro será o mês do tudo ou nada, de todas as exaltações e de todos os denegrimentos. Trará os debates entre cabeças de lista. Ouviremos o apregoar de todas as promessas, principalmente as incumpríveis por quem não almeja a ser governo. As eleições nos Açores serão a 4 de Fevereiro. As legislativas a 10 de Março.

O senhor presidente da República, “pai da criança”, calado que nem um rato, para quem tanto fala, já terá começado a elucubrar e a reflexionar novos cenários para as hecatombes que se percepcionam.

 

 

 

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Publicado em Opinião