Os recalcamentos

A violência e a intolerância no futebol vão-se acumulando de ano para ano, e exigem pronta e dura resposta da Federação, da Liga e do Governo, que tarda.

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  • 15:42 | Terça-feira, 20 de Setembro de 2022
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As recentes polémicas nos jogos entre o Famalicão e o Benfica e entre o Estoril e o FC Porto mostram que o futebol se tornou doentio e palco de atitudes sem nexo, sabujas na sua essência.

No primeiro caso, uma criança sentada na bancada dos adeptos do Famalicão foi obrigada a despir a camisola do Benfica, numa atitude verdadeiramente selvagem de uma turba de desmiolados que vêem no jogo o escape para as frustrações do quotidiano. O pai, sensatamente, e para evitar o pior, assentiu.

No Estoril, um adepto do FC Porto e a filha, criança, foram insultados, cuspidos e retirados da bancada pela por força da intervenção dos adeptos dos canarinhos. Alegam estes que o pai manteve constantes atitudes provocatórias, durante muito tempo, e que simplesmente reagiram.

Seja como for, não há nada que justifique estas atitudes absolutamente destituídas de bom senso. É normal que cada um vibre com as cores de que gosta, mas exercer coacção sobre alguém que pensa diferente é estúpido e cobarde.


A violência e a intolerância no futebol vão-se acumulando de ano para ano, e exigem pronta e dura resposta da Federação, da Liga e do Governo, que tarda.

Todas estas entidades, sem excepção, têm uma resposta branda perante os excessos dos adeptos.

É hora de erradicar estes adeptos dos estádios, aplicar multar pesadas, interditar campos, e acabar com os efeitos suspensivos dos recursos, que só beneficiam os infractores.

É hora de pôr na ordem esta indústria de milhões.

 

(Fotos DR)

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Publicado em Opinião