O retiro de Estaline

Mandou interrogar Molotov e, notando-lhe o entusiasmo, regressou a Moscovo em Dezembro para o afastar, aplacar o círculo de que já se rodeara e corrigir a soberba de alguns generais.

Tópico(s) Artigo

  • 17:14 | Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2021
  • Ler em < 1

Estaline reconheceu que a guerra o tinha quebrado. Sentia-se cansado, falava em trabalhar menos e, como tantas vezes ouvimos das pessoas mais velhas, dizia que trabalhassem os novos.

Em Outubro de 1945, partiu no comboio especial para um mês de férias. Nos primeiros dias, sofreu um ataque cardíaco, que o seu biógrafo considerou grave. Recuperou numa mansão isolada, sobre o mar, dormindo, passeando e lendo as pastas dos serviços secretos e da imprensa estrangeira, onde vinham suspeitas sobre o seu estado de saúde. Molotov, que o substituíra interinamente, exercia o poder em estado de êxtase.

E Estaline, lá longe, isolado, em tudo meditava, até na pressa com que pressentia que lhe desenhavam a sucessão.

Mandou interrogar Molotov e, notando-lhe o entusiasmo, regressou a Moscovo em Dezembro para o afastar, aplacar o círculo de que já se rodeara e corrigir a soberba de alguns generais.


Fez isso com prisões, torturas e despromoções.

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Opinião