Lamego – Mais estratégia

  Decorreu no último fim de semana a maior feira de turismo do país, a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). Um certame onde as várias cidades aproveitam para apresentar e promover o que de mais genuíno as caracteriza. Deste modo, cria-se uma oportunidade para chamar públicos nacionais, dando-lhes a conhecer o que de mais […]

  • 1:49 | Segunda-feira, 20 de Março de 2017
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Decorreu no último fim de semana a maior feira de turismo do país, a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). Um certame onde as várias cidades aproveitam para apresentar e promover o que de mais genuíno as caracteriza. Deste modo, cria-se uma oportunidade para chamar públicos nacionais, dando-lhes a conhecer o que de mais ímpar e específico existe em cada região, concelho e cidade.

No caso de Lamego, o turismo é decididamente o parente pobre das políticas municipais. A nossa presença foi insignificante, quase nula, quando comparada com a de outras cidades e vilas da região. Contudo, paradoxalmente, possuímos um património material e imaterial que pontifica e é capaz de ombrear com qualquer outro do país.


Na verdade, os responsáveis políticos tinham aqui uma possibilidade de captar e fixar turistas apresentando as nossas marcas de eleição.  Uma cidade da fundação da nacionalidade, com um riquíssimo património cultural, que merece ser conhecido e onde a aposta no turismo religioso merece ser aprofundada. Uma ocasião para revitalizar a imagem das festas da Nossa Sr.ª dos Remédios, afirmando-nos como cidade das Romarias. Uma cidade da região demarcada do Douro e, por isso, do vinho, do espumante e com produtos de excelência ao nível dos enchidos, do queijo e da consagrada bola de Lamego.

Somos daqueles que achamos que esta possibilidade não poderia, nem deveria ter sido desperdiçada, pois a presença de operadores turísticos neste evento é grande. A nossa presença, com um stand singular e próprio, teria sido uma montra com retorno e um excelente meio para afirmar a centralidade da cidade na região e um posicionamento maís relevante no país.

Decididamente, Lamego tem de saber o que quer, pelo que quer ser conhecida, elaborar a sua estratégia e definir a sua marca de excelência. O turismo não será, porventura, nem a nível nacional, nem regional, a panaceia para a resolução de todos os problemas. É, porém, um vetor fundamental para a criação de riqueza e que em muito contribuirá para o fortificar das economias nacional e local.

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Publicado em Opinião