Habituemo-nos: O tempo é de um Governo do PS liderado por António Costa!

  Chega desta ladainha da direita, de falar em falta de legitimidade, em assalto ao poder, em usurpação ou em fraude. Habituem-se e habituemo-nos todos a lidar com a nova realidade. António Costa é o novo Primeiro-Ministro, ponto, e que se saiba a Constituição da República e todo o ordenamento jurídico português não foram violados. […]

  • 10:19 | Quarta-feira, 25 de Novembro de 2015
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Chega desta ladainha da direita, de falar em falta de legitimidade, em assalto ao poder, em usurpação ou em fraude. Habituem-se e habituemo-nos todos a lidar com a nova realidade. António Costa é o novo Primeiro-Ministro, ponto, e que se saiba a Constituição da República e todo o ordenamento jurídico português não foram violados. Ou acham que o insuspeito inquilino de Belém o permitiria?

É que se a direita quiser continuar a trilhar esta deriva seria bom que, antes de prosseguir, dissesse qualquer coisa aos portugueses sobre a devolução da sobretaxa (lembram-se dos 35% na campanha eleitoral?), que, afinal, agora vai ser devolução zero. Ou então que explicasse como é que o Novo Banco que não iria ter consequências para os contribuintes, já sorveu 4,9 mil milhões de euros e agora mais 1,4 mil milhões dos testes de stress e fora o que para aí virá… e tudo isto depois de falharem a sua venda. Ou então que “fizessem um desenho” muito bem feito para nos explicarem o que é isso de vender a TAP mas o risco de incumprimentos ou dos prejuízos ficarem no Estado!


Parem, portanto, com essa “calimerice” do coitadinhos de nós, que até ganhámos, mas esses esquerdistas revolucionários não nos deixam governar!

Respirem fundo e sejam oposição. E aí chegados se quiserem podem então votar contra tudo o que vos aparecer à frente. Cumpram a promessa da indisponibilidade para ajudarem não o Governo do PS, mas o Governo de Portugal. O XX Governo de Portugal.

Votem, portanto, sempre contra. Sejam coerentes! Cumpram essa promessa, como fazem os meninos rabugentos quando as coisas não correm de feição! Mesmo naqueles diplomas que corresponderem ao vosso pensamento e ao vosso programa votem contra. O povo português cá estará depois para o vosso julgamento enquanto oposição e para o julgamento do desempenho do Governo.

A direita deveria colocar-se, não estas, mas outras questões: Será que alguém a impediu de governar? Será que Passos Coelho não foi nomeado Primeiro-Ministro?

E se assim fizesse, a direita perceberia que é assim a democracia tal qual a conhecemos em Portugal há quarenta anos. Para se governar tem que se ter uma maioria no Parlamento que não rejeite os programas de Governo e os orçamentos.

Aquilo a que estamos a assistir mais do que uma perplexidade é antes uma “cegueira” política de uma direita que se julgava protegida (vá-se lá saber por quem!) face a todas as tropelias que nos últimos anos infligiu aos portugueses.

Habituemo-nos, o tempo é outro, é o tempo de um Governo PS, liderado por António Costa e apoiado pelos partidos à esquerda.

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Publicado em Opinião