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Governo: 8 saídas nos últimos 8 meses

Uns exonerados a seu pedido (Sara Guerreiro e Marta Temido). Outros por saída da ministra (Fátima Fonseca e Lacerda Sales). Outros por imposição da tutela (João Neves e Rita Marques). Dois por força dos escândalos em que se envolveram (Miguel Alves e Alexandra Reis).

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    • 12:51 | Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2022
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    Maio de 2022, Sara Guerreiro sai de sE da Igualdade e Migrações.

    Agosto, Marta Temido sai de Ministra da Saúde. Com ela saem Fátima Fonseca, sE da Saúde e António Lacerda Sales, sE Adjunto e da Saúde.

    Novembro, João Neves sai de sE da Economia e Rita Marques sai de sE Turismo


    Novembro, Miguel Alves sai das funções de sE Adjunto do Primeiro-Ministro.

    Dezembro, Alexandra Reis sai de sE do Tesouro.

    Que é isto senão uma pesada hecatombe?

    Lembramos que o XXIIIº Governo Constitucional, com maioria absoluta, tomou posse em Março de 2022 e contabiliza já oito saídas, quase tantas como os meses em exercício.

    Uns exonerados a seu pedido (Sara Guerreiro e Marta Temido). Outros por saída da ministra (Fátima Fonseca e Lacerda Sales). Outros por imposição da tutela (João Neves e Rita Marques). Dois por força dos escândalos em que se envolveram (Miguel Alves e Alexandra Reis).

    Há leituras a fazer? Decerto que sim, pelo menos três.

    A primeira prende-se com a exigida falta de escrutínio na nomeação de certos nomes com telhados de vidro insustentáveis.

    A segunda tem a ver com a falta de competência política (que não significa incompetência funcional) no decurso do exercício de funções.

    A terceira relaciona-se com a aparente descoordenação de um primeiro-ministro “assessorado” e mal adjuvado por discutíveis “gaffeurs” e inábeis titulares de pastas relevantes, como por exemplo Ana Catarina Mendes, Ana Abrunhosa, António Costa Silva, Fernando Medina, João Costa, Pedro Nuno Santos …

    A este ritmo, António Costa em breve e perante a queda crescente de popularidade, ver-se-á a braços com a imperiosidade de uma remodelação governamental.

    Ademais, é chegado o tempo deste governo impor uma imagem de competência, de coerência e de coesão.

    Sem chegarmos ao anedótico extremo do líder do Chega, que pede uma demissão por semana, naquele berreiro frenético que sustenta a “imagem de marca”, Costa devia, em definitivo, mostrar que tem as rédeas do poder empenhadas com firmeza, ao invés do estranho alheamento que em nada ajuda nestas “desgraças”, que fazem o gáudio da oposição e lhes dão, quase quotidianamente, trunfos para fazer pródigas vazas.

    Com a inflação e a obscena especulação em alta, perda brutal de poder de compra, sindicatos em pé de guerra, médicos e enfermeiros em contestação, professores em luta… o cenário global nacional não está pacificado, exigindo também por isso melhor comunicação, negociação, resposta aos possíveis desideratos e coerência decisória.

    E já agora, sem mais vergonhosos escândalos tão desnecessários quanto acessórios…

     

    (Foto DR)

     

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