Brincam, apesar da distância

Os novos aparatos tecnológicos, intuitivos e acessíveis, permitem a conexão global. Ainda me lembro de ir ao posto de telefone público, aos sábados, para falar com o meu pai que tinha emigrado...

  • 11:07 | Sábado, 27 de Dezembro de 2014
  • Ler em < 1

Já sabemos que as tecnologias nos permitem comunicar facilmente com os nossos entes queridos, apesar dos quilómetros que possam distar entre nós. Os novos aparatos tecnológicos, intuitivos e acessíveis, permitem a conexão global. Ainda me lembro de ir ao posto de telefone público, aos sábados, para falar com o meu pai que tinha emigrado, primeiro para o Luxemburgo e depois para a Alemanha.

Um ritual que nos deixava (filho, filha e esposa) felizes e sossegados e lhe transmitia a energia e a motivação necessárias para superar a distância, o rigor do clima e a barreira da língua…

No dia em que tivemos uma ligação telefónica em casa, fizemos uma festa. Falar com o pai, no conforto e intimidade do lar, em qualquer dia e a qualquer hora, foi uma inovação que permitiu reaproximar a família e partilhar alegrias e tristezas.


No dia em que cheguei a casa, à casa “alemã”, constatei que, usando meios diferentes, a minha sobrinha também encontrou um meio de comunicação que lhe permite partilhar interesses e brincadeiras com a prima que vive, a mais de 2000km de distância, em Santarém. Passou a tarde inteira a brincar com a prima, despiram e vestiram bonecas, jogaram Super Mário, lancharam, dançaram, brincaram às modelos, cantoras e atrizes, falaram da vedeta em voga, a “Violetta”…

Um tablet e uma ligação de Internet permitem alimentar a amizade que sentem uma pela outra, verem-se, falarem, partilhar gostos, aumentar a cumplicidade e agendar o próximo encontro para que possam fazer algo que a tecnologia ainda não permite: abraçarem-se, sentirem o palpitar do coração e emocionarem-se.

Um beijinho para ambas: Cíntia e Juliana.

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Opinião