Autarcas de Mangualde e Penalva do Castelo desmentem taxativamente Fernando Ruas

Marco Almeida, sobre a resolução e concretização deste assunto refere: ”De forma nenhuma, não há decisão ainda tomada, até porque neste momento nós estamos a analisar a proposta que nos foi apresentada há dois dias atrás, quer pelas Águas do Douro e Paiva, quer pelas Águas de Portugal” (…) “não se tomam decisões de integrar um sistema que tem um investimento supostamente de 100 milhões de euros de um dia para o outro, estamos a analisar a proposta e tudo o que se diga acerca disto não corresponde minimamente à verdade”.

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  • 19:49 | Sexta-feira, 14 de Abril de 2023
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A propósito das declarações de Fernando Ruas acerca das águas que abastecem vários concelhos do distrito, vieram os autarcas de Mangualde, Marco Almeida e de Penalva do Castelo, Francisco Carvalho questionar a sua declaração pública que dá como ponto assente a entrega da gestão das águas às Águas do Douro e Paiva, onde pontifica como executivo António Borges, o ex-presidente da câmara de Resende, o ex-depuatdo do PS, o ex-presidente da Federação do PS Viseu.

A história, em síntese, é a de um negócio que se quer fazer, que Ruas quer fazer, que Borges quer fazer e que mais alguns municípios alinhados com Ruas e Borges querem fazer.

Quem parece não estar pelos ajustes são os dois autarcas de Mangualde e de Penalva do Castelo, os quais, em declarações ao jornalista António Arede, são inequivocamente discordantes de Ruas.


Ruas é taxativo ao afirmar em conferência de imprensa que “essa decisão do Douro e Paiva já foi tomada há muito tempo” e fala por todos, afirmando “nós decidimos ir para as Águas do Douro” e acrescenta “o nosso interlocutor, não é o presidente, mas é o executivo é o engenheiro António Borges, foi com ele que tratámos” e enfatiza “nós decidimos ir para as Águas do Douro”.

Marco Almeida, sobre a resolução e concretização deste assunto refere: ”De forma nenhuma, não há decisão ainda tomada, até porque neste momento nós estamos a analisar a proposta que nos foi apresentada há dois dias atrás, quer pelas Águas do Douro e Paiva, quer pelas Águas de Portugal” (…) “não se tomam decisões de integrar um sistema que tem um investimento supostamente de 100 milhões de euros de um dia para o outro, estamos a analisar a proposta e tudo o que se diga acerca disto não corresponde minimamente à verdade”.

Por seu turno, Francisco Carvalho diz que foram contactados pelas Águas do Douro e Paiva, que estão a analisar a proposta para ver se vão aderir ou não ao projecto: “é uma decisão que vai ser pensada, estudada e deliberada pelo executivo da Câmara Municipal de Penalva do Castelo” (…) “se há outros entendimentos ou se há alguém que pense que Penalva do Castelo irá a reboque de algum concelho, não será assim, Penalva do Castelo sabe muito bem onde está e para onde quer ir” e acrescenta que ainda não receberam o documento definitivo das Águas do Douro e Paiva, reiterando “mais uma vez Penalva do Castelo será autónoma na decisão que tomar, não irá a reboque de nenhum concelho.”

Pelos vistos e perante os factos pelos dois autarcas descritos, Fernando Ruas terá “posto o carro à frente dos bois” ou, de outro modo dito, terá “contado com o ovo no cu da galinha”, esquecendo-se de parceiros tão importantes como Mangualde e Penalva do Castelo, que e pelos vistos não gostaram da forma autocrática assumida pelo autarca viseense e na capacidade que ele julga ter de decidir pelos outros concelhos envolvidos.

E a ser assim, quem  foge à verdade afinal neste controverso processo de entregar as águas de Viseu, Mangualde, Penalva do Castelo, Nelas, Sátão, São Pedro de Sul… ao sector empresarial do Estado?

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Publicado em Opinião