As dúvidas

Há duas coisas, porém, que lhe invejo. Uma, é não ter conta à ordem em nenhum banco, e ser apenas terceiro titular de uma conta a prazo, conjunta com a mãe, Maria Antónia Palla, e de Manuel Pedroso Marques. Só o que ele poupa em comissões de manutenção de conta e anuidades de um cartão, no mínimo, dá para valer a pena fugir a estas chatices.

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  • 10:08 | Quinta-feira, 20 de Maio de 2021
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Não lhe invejo o lugar, o trabalho, as dores de cabeça, os erros, as coisas acertadas, as viagens, as companhias, as férias, os roteiros da carne assada, os beijos, as almoçaradas, as entrevistas, os dotes de cozinheiro, o pobre sentido de humor, a frieza, o mau feitio, o azedume, a ingratidão, a ambição, a arrogância, as amizades.

Nada disso queria para mim. Algumas, por não ter competência, outras, por não ter feitio para tais vicissitudes.

Há duas coisas, porém, que lhe invejo. Uma, é não ter conta à ordem em nenhum banco, e ser apenas terceiro titular de uma conta a prazo, conjunta com a mãe, Maria Antónia Palla, e de Manuel Pedroso Marques. Só o que ele poupa em comissões de manutenção de conta e anuidades de um cartão, no mínimo, dá para valer a pena fugir a estas chatices.


Gabo-lhe a imaginação e a coragem de não alimentar as sanguessugas que são as instituições bancárias. Gananciosas, como nenhuma outra.

Restam-me, contudo, umas dúvidas. 1. O vencimento de um governante não tem de ser depositado em conta à ordem? 2. Como recebe o seu vencimento? 3. Por transferência para a conta da mãe? 4. E porque não da mulher? 5. Não faz pagamentos, não passa cheques, não levanta no multibanco? 6. É tudo pago em dinheiro vivo? Jesus, Credo, não me falem em coiso vivo. Não sendo crime nem eticamente reprovável, é, no mínimo, estranho.

A outra, é perder 47.000 € na venda de uma sua casa, segundo a sua declaração de rendimentos.

De homens poupados assim, é de que o país precisa. O resto é campanha difamatória da oposição

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Publicado em Opinião