As concessionárias das auto estradas querem que o governo pague pela falta de trânsito

Não seria tempo de rever estes contratos com estas entidades, que devem estar bem armadilhados pelos inúmeros “consultores” pagos a peso de ouro, e arranjar forma legal de lhes pôr definitivo fim?

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  • 19:20 | Domingo, 29 de Março de 2020
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Naturalmente que houve um enorme decréscimo de trânsito nas autoestradas portuguesas por causa do surto epidemiológico Covid-19.

Assim sendo, as entidades privadas concessionárias, de olho graúdo, boca gorda e alma cúpida,  pedem compensações pela quebra de tráfego rodoviário.

Não se ouve da parte destas concessionárias, há muito na engorda, qualquer referência solidária no contexto que se vive, pois tal como a banca cevam-se a cifrões. Não se lhes viu um gesto social neste período de crise global. Como robots, abrem a boca, estendem a garra e pedem, pedem, pedem… Ao que se sabe,  já enviaram notificações ao IMT e à IP a requerer o pagamento,  não demonstrando a mínima preocupação com a saúde dos portugueses nem qualquer solidariedade com a recessão que se avizinha e com a vaga de desemprego que aí vem.


Não seria tempo de rever estes contratos com estas entidades, que devem estar bem armadilhados pelos inúmeros “consultores” pagos a peso de ouro, e arranjar forma legal de lhes pôr definitivo fim?

Tenhamos presente que nestes contratos ruinosos feitos com estas parcerias, todos os anos são pagos milhões às concessionárias. Claro está, além dos milhões pagos pelos utentes…

Se o tráfego, nos últimos dias, fruto da pandemia, sofreu uma redução de 75%, se tal decorre do Estado de Emergência, se esta medida extrema foi accionada para salvar vidas humanas… qual a moral destes fulanos para virem sacar mais dinheiro e invocar prejuízos?

No fundo, esta gente, vê a vida por um prisma único, onde nada existe para além do lucro assegurado, dos benefícios e da teta do Estado. Que resposta dar então aos agricultores, às explorações pecuárias, à restauração, à hotelaria, ao comércio, à pequena e média empresa?

Será que, se aberto o precedente, o seco úbero dá para todos?

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Publicado em Opinião