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João Azevedo
É lamentável que nesta altura difícil que o país atravessa, numa crise do SNS sem precedentes, os responsáveis políticos locais do PSD continuem no seu registo primário, demagógico, aproveitando-se das circunstâncias nacionais para criarem alarme social à população, e diminuir os profissionais.
Em Outubro, aquando o primeiro comunicado deste número político do PSD Viseu, as escalas de urgência de todas as especialidades do CHTV estavam completas e a funcionar sem perturbações, conforme se confirmou. O PSD de Viseu não disse a verdade.
Em Novembro, pelas contingências que são públicas (contingências essas de âmbito nacional afetando a quase totalidade das instituições do SNS), o CA do CHTV na atitude de elevada responsabilidade face aos recursos humanos disponíveis, delibera ativar o Plano de Contingência que obriga ao encerramento de valências no período noturno. Não o terá feito, obviamente, sem esgotar todas as hipóteses viáveis para manter essas valências funcionantes, nem o fez sem acautelar todos os circuitos de referenciação de cuidados multidisciplinares aos doentes críticos.
Em Dezembro, pouco se sabe o que acontecerá. Estão a decorrer negociações entre as estruturas sindicais e os responsáveis políticos de forma a desbloquear este impasse ou como se organizarão as respostas de urgência à população ativando a capilaridade e proteção em rede do SNS. Apenas se poderá garantir que todas as instituições e profissionais do SNS darão o máximo do seu brio e do seu profissionalismo para cumprir a função de assegurar os melhores cuidados de saúde à população com os recursos disponíveis.
Zelar pelo bem estar de uma população não passa por incutir medo nem aplaudir fatalidades numa postura de sinistra necrofagia política. Zelar pelo bem estar da população não passa por diminuir os seus profissionais de saúde, menorizando o seu esforço e abnegação na função de prestar cuidados de saúde de excelência. Há que respeitar as reivindicações destes profissionais e ao mesmo tempo acautelar os cuidados médicos de que necessitam as populações.
O momento exige tranquilidade e exige da parte de todos, sobretudo das forças partidárias, a responsabilidade necessária para que não se fomente um clima de guerra entre Pessoas.
Como nota informativa, em caso de necessidade, nestas circunstâncias de maiores dificuldades e constrangimentos no acesso aos serviços de urgência, as pessoas devem usar a Linha SNS24 (808 24 24 24) previamente à deslocação ao Serviço de Urgência do CHTV.
João Azevedo
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