A sorte grande

Mesmo o malfadado crescimento da carga fiscal, ficamos a saber que ela não deriva do aumento de impostos, antes sim das contribuições da Segurança Social, por via dos aumentos do emprego e do valor médio dos salários. Parece o oásis, vindo não se sabe de onde.

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  • 17:49 | Segunda-feira, 17 de Abril de 2023
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Crescimento económico acima do previsto, maior redução da dívida pública, maior volume de emprego, record de população activa, garantia da sustentabilidade da Segurança Social, redução maior da inflação, continuação do investimento empresarial são as boas novas que o governo nos traz, num contexto internacional de incerteza e de medo. Recessão, de fora, e ainda bem.

Tudo isto contribui para o aumento intercalar das pensões, no segundo semestre do ano, no valor de 3.57%, mesmo assim esbulhados do que lhes era devido. Nada de truques, nem de ilusões…

Mesmo o malfadado crescimento da carga fiscal, ficamos a saber que ela não deriva do aumento de impostos, antes sim das contribuições da Segurança Social, por via dos aumentos do emprego e do valor médio dos salários. Parece o oásis, vindo não se sabe de onde.


O PM afirma que tudo é possível por causa da política firme das contas certas que levou a um clima de confiança na economia. É bom que os sacrifícios tenham valido a pena.

Já a partir de amanhã, veremos se o IVA zero se vai repercutir no porta-moedas dos contribuintes e se as políticas têm sido mesmo as mais adequadas. Oxalá que o dito corresponda ao feito. Ficamos todos a torcer para que tudo isto não seja precipitado.

Resta a pergunta: a fórmula de actualização das pensões com base na inflação foi ou não desmontada, passando a viver de aplicação casuística, a partir de 2025? Foi, ficou no bolso, e não foi reposta. Para 2024, está garantida base de cálculo, o último mês de 2023, mas para depois…vem a incerteza.

Sempre o gato escondido com rabo de fora, não saímos disto.

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Publicado em Opinião