O Portugal moderno e a nossa sina

Vitor Bento, nomeado para o BES e depois para Novo Banco (devido à resolução do banco), defendia que o banco deveria ser capitalizado para poder ser valorizado e que, por regra até de bom-senso, não deveria ser vendido à pressa nem essa ideia poderia passar para o mercado (obviamente isso desvaloriza o banco e minimiza […]

  • 9:09 | Domingo, 13 de Setembro de 2015
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Vitor Bento, nomeado para o BES e depois para Novo Banco (devido à resolução do banco), defendia que o banco deveria ser capitalizado para poder ser valorizado e que, por regra até de bom-senso, não deveria ser vendido à pressa nem essa ideia poderia passar para o mercado (obviamente isso desvaloriza o banco e minimiza os resultados de uma venda). O Banco de Portugal e o Governo, cheio de génios, pensava o contrário e queriam uma venda rápida.
”, dizia o BdP a 13 de Setembro de 2014.

Hoje – depois de uma estratégia sem sentido (), em que se anunciava que se ia negociar em exclusivo com uma entidade e, depois, afinal já se chamavam também as outras concorrentes – falhado todo o processo prevendo perdas gigantescas (o resultado líquido para o fundo de resolução não ultrapassa 1.5 mil milhões de euros o que deixa um buraco de 3.4 mil milhões de euros), já é possível adiar a venda, isso é acomodável () e não há problema nenhum com nada disto (o Estado emprestou ao fundo de resolução 3.9 mil milhões de euros que não recebe de volta, passando o deficit de 2014 para 7.3% do PIB e tendo de recorrer à famosa almofada financeira constituída e paga com dinheiro dos contribuintes).
“O Portugal moderno e a nossa sina”, que está bem à nossa vista, é uma obra escrita por figuras menores, em cima do joelho, a lápis e usando as costas de guardanapos de papel já usados.

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Publicado em Opinião