Viseu merecia ser eleita Cidade Europeia do Vinho 2018, pois…

    … todavia, ou o vereador do “Culturismo”, J. Sobrado se esqueceu, ou o seu alter-ego Almeida Henriques não se lembrou. E porém, tendo o VINHO sido o maior dos investimentos do executivo camarário de Viseu, nesta meia década de falhada intervenção autárquica, seria curial e lógico ter o reconhecimento internacional e público. Tal […]

  • 18:10 | Domingo, 03 de Dezembro de 2017
  • Ler em 3 minutos

 
 
… todavia, ou o vereador do “Culturismo”, J. Sobrado se esqueceu, ou o seu alter-ego Almeida Henriques não se lembrou.
E porém, tendo o VINHO sido o maior dos investimentos do executivo camarário de Viseu, nesta meia década de falhada intervenção autárquica, seria curial e lógico ter o reconhecimento internacional e público. Tal seria, no mínimo, dar consequência a uma política centrada na vitivinícola, para além das crónicas festarolices báquicas, provas de comes e bebes, pinturas em quintas da rapaziada amiga e análogas pândegas, confrarias de infantes… que custam ao município centenas de milhares de euros/ano.
Almeida Henriques, enquanto um dos vice-presidentes da ANMP, disso teve conhecimento em primeiríssima e atempada mão. Naturalmente que, entre libações dionisíacas, apoucou o evento e esqueceu-se de o transmitir ao seu delfim predilecto, o “moço” que veio da CCDRN…
Entretanto, o estimado amigo do Turismo Centro, Pedro Machado, perante a candidatura de Cantanhede, com o apoio das autarquias de Águeda, Anadia, Aveiro, Mealhada, Oliveira do Bairro e Vagos, referia, a seu tempo:
Esta candidatura tem várias virtudes, entre elas a de valorizar a fileira dos vinhos enquanto produto turístico. É muito importante para o Centro de Portugal alargar a oferta turística integrada, de forma a diversificar os fluxos e, assim, aumentar a permanência dos visitantes no território, oferecendo-lhes experiências multifacetadas. A fileira dos vinhos tem um valor promocional muito relevante”, concluindo. “É também uma candidatura muito importante no processo de internacionalização turística do Centro de Portugal. A região tem demonstrado ser capaz de acolher grandes eventos, o que abre a porta a que esta candidatura possa ser ganhadora”.
Contudo, outras cidades portuguesas atentas e consequentes no seu agir, apresentaram também a sua candidatura, como foi o caso de: Viana do Castelo, Ponte de Lima, Peso da Régua, Silves, Torres Vedras e Alenquer.
No dia 30 de Novembro soube-se pela Agência Lusa que “A candidatura conjunta apresentada pelos municípios de Torres Vedras e Alenquer foi a escolhida para receber o título de Cidade Europeia do Vinho em 2018“,depois da eleição ocorrida neste dia no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
“É um motivo de orgulho e de muita honra e resulta do trabalho que temos vindo a fazer com os Vinhos de Lisboa”, afirmou o presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Bernardes.
“É um título importante para a divulgação do território e do produto, que é o vinho, que ainda é pouco conhecido, porque quando falamos em vinhos falamos sempre dos do Douro, do Alentejo ou do Dão e esta é uma oportunidade para os turistas conhecerem os Vinhos de Lisboa”, disse o presidente da Câmara de Alenquer Pedro Folgado.
A Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN) integra municípios de 11 países europeus e lançou em 2012 o concurso anual “Cidade Europeia do Vinho“. É constituída por cidades com forte dependência económica da viticultura, que se localizam em áreas protegidas, dedicando-se à promoção dos vinhos das diferentes denominações de origem para a dinamização da economia dos respectivos territórios.
Este prémio representa uma oportunidade única para as cidades do vinho. A visibilidade adquirida por uma Cidade Europeia do Vinho impulsiona o desenvolvimento da riqueza, a diversidade e as características comuns da cultura do vinho no território a nível europeu, oferecendo uma melhor compreensão da paisagem, economia, gastronomia e património. Poderá actuar como impulsionador de uma maior compreensão entre os cidadãos da União Europeia.
E aqui estará, provavelmente, a diferença abissal entre cidades que pensam o seu território e os seus munícipes como um todo pelo qual merece lutar-se e investir, e outras, como Viseu, que agem para se autopropagandearem inconsequente e levianamente, centradas na promoção de meia dúzia de já frondosas “árvores em detrimento da floresta“.
Pensamos que a RECEVIN terá ficado triste por não ter recebido a candidatura de Viseu, cidade com um executivo empenhado e profícuo nas palavras. Displicente e inconsequente nos actos. Que falam por si…

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial