Vão os tempos desafeiçoados para alguns autarcas lusitanos

O MP vai ter que provar as acusações. Isaltino de Morais, antigo procurador do MP foi preso em Maio de 2008 pelos crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal e sentenciado à pena de dois anos de prisão, no estabelecimento prisional da Carregueira.

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  • 20:50 | Quinta-feira, 27 de Outubro de 2022
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Isaltino de Morais, presidente da câmara de Oeiras, o seu ex vice-presidente Paulo Vistas, mais os antigos presidentes das câmaras de Odivelas, Susana Amador (actual deputada pelo PS) e José Ministro dos Santos, ex da autarquia de Mafra, são suspeitos de crimes de prevaricação et al.

As acusações prendem-se com eventuais negócios e favorecimento da empresa MRG (Manuel Rodrigues Gouveia), originária de Seia e com sede em Coimbra. O seu administrador, Fernando Manuel Rodrigues Gouveia também está no rol dos investigados. Fala-se de concursos feitos à medida para que esta empresa de construção civil e obras públicas pudesse ganhar os concursos, ademais alegadamente favorecida com informação privilegiada.

O MP vai ter que provar as acusações. Isaltino de Morais, antigo procurador do MP foi preso em Maio de 2008 pelos crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal e sentenciado à pena de dois anos de prisão, no estabelecimento prisional da Carregueira.


Mais a norte, em Montalegre, foi hoje detido o presidente da câmara, o socialista Orlando Alves e o seu vice, David Teixeira, indiciados pela  prática dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio, num esquema de “viciação para benefício de determinados operadores económicos, num valor que ascende a 20 milhões de euros”.

Vamos ver no que vai dar toda esta azáfama, fazendo plena fé na Justiça que temos, a qual, decerto, terá irrefragáveis e inquestionáveis provas para sustentação de tão pesadas acusações, cimentadas com investigações que decorrem e decorreram num espaço de consubstanciação factual temporalmente dilatado.

Por mera coincidência, já em tempos o euro deputado e ex-autarca de Gouveia e da Guarda, Álvaro Amaro, se viu acusado, em processo em curso, de prevaricação, estando em causa a adjudicação de trabalhos entre 2007 e 2013, em regime de parcerias público-privadas (PPP) à construtora Manuel Rodrigues Gouveia (MRG).

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Publicado em Editorial