Sobrado a presidente

    O possível alter-ego de Almeida Henriques, Jorge Sobrado, com quem este faz uma espécie de dupla Dupont & Dupond, tem vindo, como um meteorito a afirmar-se na high society viseense (?), tornado VIP pelo “patrão” que, eventualmente, já nem sonha ou acorda sem um guião por ele pré-escrito, ensombrando assim o restante executivo, […]

  • 10:21 | Sexta-feira, 07 de Dezembro de 2018
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O possível alter-ego de Almeida Henriques, Jorge Sobrado, com quem este faz uma espécie de dupla Dupont & Dupond, tem vindo, como um meteorito a afirmar-se na high society viseense (?), tornado VIP pelo “patrão” que, eventualmente, já nem sonha ou acorda sem um guião por ele pré-escrito, ensombrando assim o restante executivo, muito “gris-gris”, diga-se em abono da boa verdade.

Talvez Almeida Henriques, um dos homens fortes de Santana Lopes na Aliança, o novo partido da “esperança e confiança”, esteja tão somente a prevenir o futuro e a tentar deixar como candidato ao lugar que hoje ocupa, um homem da sua confiança, como é frequente acontecer nalgumas autarquias, como por exemplo Tondela, onde Carlos Marta deixou Jesus, seu delfim, que depois deu o grito ingrato do Ipiranga.
Almeida Henriques não tem muitas hipóteses de descendência pacífica. Joaquim Seixas será sempre um nº 2 de qualquer coisa. Nuno Nascimento, por alguns dito “Pompom”, conhecerá a vidinha toda do patrão desde os longínquos tempos da AIRV, mas não tem gabarito senão para aquilo que sempre desempenhou às espaldas do dito, uma sombra difusa a puxar muito cordel.
Resta o herói do Norte, o professor universitário da FLUP, o grande jornalista, o inesgotável assessor de imprensa, o tão dilecto quão efémero assessor da ex-presidente da AR, Assunção Esteves, o ex-director (?) da Viseu Marca, o vereador de uma dúzia de pelouros, da cultura ao turismo, et all, o entronizado do tinto & do branco, o concessor de todos os prémios e medalhas, a estrela cadente do Clube de Viseu, talvez agora a aprender canasta para jogar com o seu director nas noites álgidas de inverno, o iluminado de todas as campanhas, o esteio da vara do pálio, com ou sem bispo ao meio, o joker de todas as festas e festarolas, o militar das trincheiras de Flandres e agora… pasme-se,  o patrocinador de kizomba, aquela tão sensual dança oriunda de Angola. Que inveja!
O homem desdobra-se numa pluralidade tão hiper-dramática dramática, mais ao jeito de uma espécie de “heteromania pós-Pessoana” que, até parece ter um irmão gémeo, para dar resposta ao dom de Santo António, o da ubiquidade.
O Jorge está lançado. Hoje, em Viseu, há sectores da vida político-administrativa que não ousam respirar longe dele, há players de mil clusters que beijam o chão que ele pisa, há incensadores que o secundam com o defumador de mirra a giravoltear nos degraus de todas as escadarias, mormente as do Município.
O PSD de Viseu foi literalmente “lacerado” pelo neo-Viriato, “a luz que precede a madrugada”. A Aliança vê nele o Encoberto emergindo das brumas, um pré-iluminado do qual, Almeida Henriques, como Pessoa poderia dizer: “Desejo ser um criador de mitos, que é a tarefa mais alta que pode obrar alguém na humanidade.” O “sinalBENEDICTUS DOMINUS DEUS NOSTER QUI DEDIT NOBIS SIGNUM…
Pedro Alves está quase rendido ao seu fascínio e, a conselho amigo e sábio talvez de Cota ou de Faria, já não enjeitará ceder-lhe a distrital e, quem sabe, propô-lo a deputado da Nação, tal Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, do nosso tão amado Camillo.
Hoje, em Viseu, as 250 mil luzes do Rossio, perdem fulgor e brilho reverentes e pálidas à passagem do Jorge.
Se gosta de dança, aqui a tem, para treinar no escritório…


(Video e fotos DR)

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