PS Viseu – A “coisa” está negra

    Tivemos acesso a uma comunicação dirigida por Lúcia Silva, deputada, vereadora do PS à CMV e recém-eleita presidente da Concelhia de Viseu, aos militantes do seu partido, na qual dá a conhecer os invocados “incidentes” que se prendem com a eleição do passado dia 20 de Janeiro, para a referida concelhia e onde […]

  • 12:22 | Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2018
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Tivemos acesso a uma comunicação dirigida por Lúcia Silva, deputada, vereadora do PS à CMV e recém-eleita presidente da Concelhia de Viseu, aos militantes do seu partido, na qual dá a conhecer os invocados “incidentes” que se prendem com a eleição do passado dia 20 de Janeiro, para a referida concelhia e onde se opunham duas listas: A Lista A com Gonçalo Ginestal e a Lista B com a signatária, Lúcia Silva.
No final da contagem, a lista B impôs-se por um voto, ou seja, ganhou com 230 contra 229 votos.
Porém, os apoiantes da Lista A, naturalmente desolados com a derrota por tão escassa quantidade, logo se muniram de “argumentos” para contestar, impugnar, apresentar queixa, requerer intervenção do Conselho de Jurisdição, etc., etc., etc.
Ao que parece e se infere da missiva infra, as eleições foram anuladas… por invocadas irregularidades.
A democracia tem destas “coisas”. Mas há também quem não se conforme com a “verdade” dos votos (afinal qual é ela?). Sempre houve aqueles que à vontade popular contrapuseram a “vitória de secretaria”.
Certo é que António Borges veio para a Federação do PS Viseu, não para lhe dar coesão, não para lhe dar proximidade, como invocou quando foi a votos secundado por Miguel Ginestal, mas sim para “reinar” à sua maneira, “estralhaçando” o que já periclitantemente se mantinha em pé e conjecturando-se pelo seu percurso pessoal/profissional sequente, quais os seus fundamentais objectivos .
Em boa verdade e como já aqui referimos, o PS Viseu parece ser um feudo dinástico de famílias Ginestais & Rebelos & et all. O resto, bom o resto, parece não ser mais do que uma salsada de faz-de-contas onde os “ingredientes”, animados por um excessivo espírito de missão e oportunidade (para não lhe chamar nome mais concludente), mais não vêem que uma luta pessoal encarniçada, “revanchista”, vingativa e clubista. Porém, com poucos protagonistas e muitos figurantes ao sabor das expectativas, que mais não são que o “fel” da política actual, que se vê por cá e por toda a parte.
Ética e decência parece serem palavras vãs. Entretanto, ao sabor da mareação, inquina-se um partido político que não deveria ser por ninguém conspurcado, como qualquer partido do panorama político português, pois convém termos presente que eles são garante da democracia e fundamento das diferenças ideológicas que a sustenta.

………

 
“car@ camarada,
no dia 20 de janeiro os militantes foram chamados a votar.
 
Apresentavam-se duas listas 
Lista A encabeçada por Gonçalo Ginestal
Lista B encabeçada por Lúcia Araújo Silva.
 
A mesa de voto era constituída por três membros, dois integram a lista A e o terceiro elemento apoiante também da lista A.
O resultado final foi:
230 votos lista B – Lúcia Araújo Silva
229 votos lista A – Gonçalo Ginestal
Uma camarada apresentou-se para votar, mas não constava dos cadernos eleitorais.
Perante este facto, a vogal da mesa e o funcionário do Partido ligaram para o Gabinete de Organização de dados, largo do Rato, e após envio do comprovativo das quotas pagas, o GOD, por escrito, manda a militante votar, pois a mesma reunia condições para o fazer.
Aliás uma prática que ao longo das várias eleições internas, tem acontecido, na concelhia do PS Viseu e nunca houve protesto algum.
Perante este facto, a mesa e as delegadas, de ambas as listas, não apresentaram qualquer protesto pelo facto de a militante votar.
Fechadas as urnas, ao desdobrarem os votos, surge um voto, da lista B, sobre o qual a mesa se pronuncia, a vogal da mesa colocou o voto à consideração, dizendo que a vontade do militante era inequívoca em votar na lista B e o voto foi aceite por todos.
De seguida, surge um outro voto a suscitar dúvidas, desta vez para a lista A   e a delegada da lista B, coloca-o à consideração, e o voto foi aceite por todos.
A mesa e as respetivas delegadas aceitaram o voto, com o mesmo princípio de aceitação do voto da lista B.
Na contagem final, a vogal ao aperceber-se que havia um voto de diferença, a lista B a ganhar, afirma que ” lembro às delegadas que por um voto se ganha e por um voto se perde”, relembrando o boletim da lista B que tinham anteriormente validado.
Neste sentido, as delegadas da lista B apresentaram protesto sobre a parcialidade da vogal e reclamaram o voto que tinha sido anteriormente validado da lista A.
Mais se informa que as delegadas da lista B solicitaram cópia dos boletins de voto e das reclamações apresentadas por ambas as listas e foram-lhes recusadas   as cópias solicitadas.
O processo ficou com o presidente da mesa.
As listas apresentaram reclamação à comissão federativa de jurisdição.
Segundo a deliberação da citada comissão anulam-se as eleições pelo facto de a militante votar sem constar nos cadernos, determinando que se repitam as eleições.
Quanto aos votos:
o voto na lista A é considerado válido e o voto na lista B é considerado Nulo.
Neste sentido, e com fundamentos e provas, a lista B apresentou recurso à comissão Nacional de jurisdição, pelo que se espera que se reponha a verdade dos factos e o respeito pelos militantes e pelos resultados eleitorais.
 
Um abraço de estima e consideração
Lúcia Araújo Silva “
 


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