Políticos honestos e políticos desonestos

A Democracia precisa dos políticos, que são a voz do Povo na governação da Coisa Pública ou res publicae. Logo, assim como os partidos de onde são oriundos, na sua mais vasta amplitude, são a sua primária essência.     Estou certo que a grande maioria dos nossos políticos são pessoas sérias, bem-intencionados, movidos por […]

  • 16:22 | Terça-feira, 30 de Outubro de 2018
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A Democracia precisa dos políticos, que são a voz do Povo na governação da Coisa Pública ou res publicae. Logo, assim como os partidos de onde são oriundos, na sua mais vasta amplitude, são a sua primária essência.

 
 
Estou certo que a grande maioria dos nossos políticos são pessoas sérias, bem-intencionados, movidos por causas, com espírito de missão e acima de qualquer suspeita. Logo, são a floresta
Devemos louvá-los e pugnar pela sua defesa e condições para o exercício fundamental do seu mester, cidadania como bandeira.
Todavia, há uma minoria de políticos que são exactamente o seu oposto: desonestos, mal-intencionados, tendo como única causa a sua pessoa e o seu grupo de lacaios sôfregos, missionários do “eu”, sempre sob suspeita. Logo, são a(s) árvore(s).
Algumas, poucas. E porém, é tal a força das suas raízes e o estremecimento da sua ramaria que, à sua volta, tudo é revolteado como uma maligna onda de mal emergente.
Depois, os eleitores, pela árvore viram costas à frondosa e benéfica floresta… desiludem-se da política. Generalizam e comentam: “são todos iguais”. Desistem de votar. Viram costas à cidadania e hibernam num angustiado alheamento das suas fundamentais obrigações.
Hoje, os maus políticos no Poder são uma chaga viral, independentemente da sua ideologia originária, a qual até e em geral desconhecem, pés dentro da política como “vendilhões do templo”, deixando atrás de si um rasto viscoso e fétido de corrupção, lobismo, subserviência, traição, vileza, ingratidão, desinteresse e esquecimento total de todos quantos não sejam o seu ego empafiado e os mini-egos que empafiam às espaldas dos seus interesseiros e ilegais estratagemas, para servirem o seu único amo: o $.
Os políticos sérios deviam ser os seus principais opositores, inimigos até. Não compactuando com os Judas do “métier”, virando-lhes as costas e denunciando-os às instâncias competentes.
Enquanto não o fizerem e usarem do “corporativismo” moral, económico, cultural… para os branquearem, mesmo naquilo que aqueles nunca fizeram nem tão pouco pelas mentes lhe passou, não passam de maçãs sadias no mesmo tabuleiro, com meia dúzia de podres que, em breve pelo hormónio gasoso, o etileno, todas contaminarão com seu fungo temível.
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Publicado em Editorial