Os perigos da EN 229

Uma péssima estrada, desadequada à realidade do seu fluxo diário de tráfego a precisar urgentemente de renovação, que tem vindo a degradar-se em crescendo, sem que as obras de intervenção/reparação minimizem a ratoeira em que se transformou.

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  • 13:31 | Sexta-feira, 22 de Abril de 2022
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Todos quantos têm que circular na EN 229, principalmente no troço que liga Viseu ao Sátão, sabem bem com que agruras devem contar.

Uma péssima estrada, desadequada à realidade do seu fluxo diário de tráfego a precisar urgentemente de renovação, que tem vindo a degradar-se em crescendo, sem que as obras de intervenção/reparação minimizem a ratoeira em que se transformou.

O organismo que deveria zelar por ela, assim como pelas demais estradas nacionais, talvez por falta de verbas, talvez por incúria, talvez por distração, talvez por negligência, talvez por… vai remendando como pode e fá-lo da forma mais simples: plantando placas de sinalização vertical com limitações de velocidade que vão até aos 30/40/50 quilómetros por hora. Não basta!

Circular por lá de noite ou com chuva é um pesadelo. O piso está degradado, aluído em certas secções, fissurado e, na sua grande maioria, os traços na via perderam a cor e já não se vislumbram ou, então, em troços alvo de reparação, não foram repintados.


Hoje, ao ir de Viseu ao Sátão, fazer 19 quilómetros nesta estrada, se temos a pouca sorte de encontrar um pesado lento pela frente, corremos o risco de demorar 40 ou 50 minutos. É muito, para quem trabalha e tem de a percorrer diariamente…

Ademais, esta estrada tem sido palco propiciador de imensos acidentes, com centenas de vítimas, muitas delas mortais.

Pode-se falar na consciencialização dos condutores, pode-se falar em campanhas de segurança e prevenção rodoviária, pode-se falar na existência de radares móveis, pode-se falar na proliferação de semáforos, alguns deles sem sentido, facilmente substituíveis por rotundas onde o trânsito circularia com fluidez e sem riscos. Mas deve-se também falar nos elevadíssimos impostos que os utentes das estradas pagam e no direito que deveriam ter de o fazer nas devidas condições de segurança, segurança essa que, em primeira e derradeira instância, deve começar nas boas condições das vias/estradas onde todos circulamos.

É muito difícil de entender, senhores das Estradas de Portugal?

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Publicado em Editorial