O vergonhoso “muro” da Assembleia da República

Muitos daqueles que se insurgem contra os muros que a despótica intransigência humana constrói planeta afora, deram o assentimento a um “muro” às portas da “casa da Democracia“, temendo a razão dos polícias e gnr’s que se manifestavam na justa luta pelos seus mais básicos e inalienáveis direitos. Desde o tenebroso Muro de Berlim, ao […]

  • 18:57 | Quinta-feira, 21 de Novembro de 2019
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Muitos daqueles que se insurgem contra os muros que a despótica intransigência humana constrói planeta afora, deram o assentimento a um “muro” às portas da “casa da Democracia“, temendo a razão dos polícias e gnr’s que se manifestavam na justa luta pelos seus mais básicos e inalienáveis direitos.

Desde o tenebroso Muro de Berlim, ao da Cisjordânia/Israel, ao dos EUA/México, ao que divide as duas Coreias, aos de Ceuta e Melilla, ao de Evros, entre a Grécia e a Turquia, às Peace Lines de Belfast… segundo um estudo feito por M. Foucher existem hoje no mundo 18 mil quilómetros “de barreiras intransponíveis construídas pelo homem”. E se em 1989, aquando do derrube do muro de Berlim existiam 16 muros a determinar fronteiras, hoje existem 65.


Para que serve um muro? Um muro é uma construção física que existe para dividir o mundo de dentro do mundo de fora. Um muro cria territórios e evita o encontro indesejado com o outro. Ele limita a livre circulação num espaço e também serve como barreira de protecção. “, escreve Carolina Cunha.

Com que autoridade moral se podem doravante criticar os muros alhures construídos?

Uma sociedade que ergue barreiras físicas para se “proteger” do seu semelhante, é uma sociedade de consciência pouco tranquila, insegura e temente/ciente da sua inacção na defesa do seu semelhante.

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Publicado em Editorial