O Mendes é um tipo de bem e não pode ser acusado só por ser baixinho…

 1. Vivemos num país onde tudo é ao contrário daquilo que nos fazem crer. Coisa extraordinária que nos leva a descodificar as ocorrências pelas suas antíteses. É tudo uma questão de hábito. 2. O altruísmo, essa forma abnegada, filantrópica de amor desinteressado pelo próximo, essa ética de procura do bem alheio é, no fundo oriunda […]

  • 0:02 | Terça-feira, 21 de Janeiro de 2014
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 1. Vivemos num país onde tudo é ao contrário daquilo que nos fazem crer. Coisa extraordinária que nos leva a descodificar as ocorrências pelas suas antíteses. É tudo uma questão de hábito.

2. O altruísmo, essa forma abnegada, filantrópica de amor desinteressado pelo próximo, essa ética de procura do bem alheio é, no fundo oriunda de alter, o outro. Deve ser muito louvada, incentivada, acarinhada. Agora, se e quando invocada para justificar, desculpar, rasurar actos de egoísmo, individualismo, mentira, ou práticas em proveito próprio, é de uma dupla vileza, só própria de  deformados que intentam justificar uma atitude malévola, desleal, sem carácter, pretextando-se na pseudoelevação de uma acção em tudo contrária à causa inicial e ao efeito final obtido. Atitude próprio de um perjuro. O compadre Zacarias chama-lhe “coisas da canalha”…

3. Afinal, conforme nos escreve Pedro Morgado, as “águas de Viseu” ainda não estão tão apuradas como intenta fazer passar o executivo camarário, com campanhas, filmes, fotografias, outdoors, etc., gastando um imaculado rio caudaloso de dinheiro dos contribuintes. Mais uns milhares e sobem ao pódio, estamos convictos e com fé.


4. Marcelo levou um croque de Passos Coelho. Não tem o perfil desejável para presidente da República, diz este. O professor saiu de cena cabisbaixo e desalentado, sem que alguém acredite que lançou a toalha ao chão. E foi para os camarins fazer manguitos e cozinhar o gaspacho frio da vingança no caldário da sua raiva.

4. Marques Mendes anda por aí a lutar contra as ilegalidades, a corrupção e os corruptos, diz ele. De acordo com o JN, Luís Marques Mendes e outro empresário de Tondela, gerentes da Isohidra – Sistemas de Energia Renováveis, Lda., “terão vendido acções a um custo 60 vezes mais baixo do valor de mercado. O negócio em causa terá lesado o Estado em 773 mil euros, uma vez que as ditas acções foram vendidas por 51 mil euros quando, na verdade, valiam 3,09 milhões de euros.”

Porém, Marques Mendes alega não se lembrar de nada disso. E nós acreditamos piamente, porque o Mendes é um tipo de bem.

5. Uns são altruístas, outros acutilantes, finalmente há os amnésicos. Aparentemente há ainda os parvos. Que julgam aqueles sermos todos nós.

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