O julgamento dos pulhas

    A mais injusta sensação de insegurança e descrédito é-nos transmitida pela impunidade dos pulhas. Os pulhas têm a mesma idade da mais velha profissão do mundo. Porém, as prostitutas são muito mais sérias, não enganam ninguém e pagam com o próprio corpo. Logo, só têm em comum a antiguidade. Há um quarteto de […]

  • 21:38 | Segunda-feira, 11 de Julho de 2016
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A mais injusta sensação de insegurança e descrédito é-nos transmitida pela impunidade dos pulhas.
Os pulhas têm a mesma idade da mais velha profissão do mundo. Porém, as prostitutas são muito mais sérias, não enganam ninguém e pagam com o próprio corpo. Logo, só têm em comum a antiguidade.
Há um quarteto de políticos ou ex-políticos a ensombrar o mundo com a teia de perfídia, de mentira e de vilezas que urdiram para servirem os obscuros e tenebrosos intentos de aios dos senhores da guerra, dos feitores do mal, das bestas do apocalipse… seus mandantes.
A conjuntura política determinou que um fosse português, outro espanhol, outro inglês e um quarto made in USA. Curiosamente, os três primeiros têm em comum ser oriundos de nações que outrora foram antigas donas do mundo. A quarta, auto intitula-se a actual dona do planeta.
Estes quatro vermes serão os acintosos culpados da hecatombe que hoje se verifica no médio oriente, alastrada a toda a Europa, em geral. Os semeadores de todos os terrores que hoje, inclementes, prosseguem a saga letal e radical por eles desencadeada.
Os macro interesses económicos dominados pelo ouro negro e pelo omnipotente mercado das armas foram caucionados, no seu absurdo cinismo, com o verniz da nobreza da democracia e do derrube de um sanguinário ditador. E agora, quando a poeira do acto se desvaneceu e a hórrida verdade irrompe solta, que diz o mundo sobre os seus servis mentores?
O “mundo” é tolerante para com os seus eleitos. Ou os adorna de prebendas mais ou menos ocultas, ou se satisfaz com o falso compungimento e uma teatral redenção de uma verdade ainda meio ocultada, porque a sua plenitude, na abrangência do mal gerado, não teria um tribunal de Nuremberga que os julgasse nem uma cápsula de cianeto que os aliviasse da sordidez do seu agir e da legião de mortos que os perseguirão até à Eternidade.

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Publicado em Editorial