O ex-presidente dos rancores

Cavaco Silva evidencia uma velhice difícil e, achando-se no direito e usufruto de uma impunidade injustificável, deve achar gracioso marcar a agenda com birras descabeladas, insensatas e pouco lúcidas.

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  • 17:43 | Terça-feira, 09 de Março de 2021
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A faceta rancorosa de Cavaco Silva continua omnipresente.

Contrariamente ao seu sucessor, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente dos afectos, Aníbal Cavaco Silva será sempre e em contraponto, o dos rancores.

Zangado com a existência doirada que o destino e as circunstâncias lhe concederam, não perde ocasião de vir destilar a sua questionável “azia” interior.


Se há uma semana veio alertar para a “democracia amordaçada” vivida no país, dito infeliz e plagiado de um outro antecessor em distinto contexto, desta feita aproveitou a tomada de posse oficial de Marcelo para e num gesto inusitado esquecer as regras de protocolo e num ressabiamento óbvio, sair da Assembleia da República sem apresentar os protocolares cumprimentos ao reeleito, como a ele próprio foi cumprido, com elevação e respeito em tempos idos.

Poderá ser apenas boçalidade. Talvez seja “esquecimento”. É decerto indisfarçável ressentimento para com um seu “par”, inclusive oriundo da mesma galáxia partidária.

Cavaco Silva evidencia uma velhice difícil e, achando-se no direito e usufruto de uma impunidade injustificável, deve achar gracioso marcar a agenda com birras descabeladas, insensatas e pouco lúcidas.

Com tendência a piorarem, com o avançar da idade…

 

(Foto DR)

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Publicado em Editorial