Cumprimentem o Óbelix, se o encontrarem…

Infelizmente, este dia perdeu significado para os actuais políticos que nos governam. O Dia da Restauração da Independência, no longínquo 1º de Dezembro de 1640, quando o país está à venda, perdeu todo o sentido. Para eles. Não para quem tem memória, respeita a História e o passado de Portugal. Há dias, um caricato político […]

  • 18:38 | Domingo, 01 de Dezembro de 2013
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Infelizmente, este dia perdeu significado para os actuais políticos que nos governam.

O Dia da Restauração da Independência, no longínquo 1º de Dezembro de 1640, quando o país está à venda, perdeu todo o sentido. Para eles. Não para quem tem memória, respeita a História e o passado de Portugal.

Há dias, um caricato político da nossa praça afirmava para alguém: “ Eu não vou dar balas ao Paulo Neto para ele as disparar sobre nós.”


Esta asserção é todo um tratado de sociologia política… Mas mais do que isso, assenta nalguns pressupostos pateticamente errados e falaciosos.

Eu não sei usar balas. Não fui militar nem nunca cacei. Não distingo um revólver de uma pistola e se não confundo com uma carabina é porque esta tem mais de um metro de comprimento (acho eu…).

A metáfora é entendível, aqui, as balas quereriam significar dinheiro. Ou melhor, publicidade, daquela que se paga em subserviência. Mas mesmo que assim a entendamos, tomar o todo pela parte é lapidarmente falso. Referia-se o fabiano a um período em que eu estava e estaria como director de um semanário local. Porém, se eu era director, nunca fui gestor. Competia-me a linha editorial. A gestão daquele órgão, como se pode ver na referida ficha técnica, tem nome. O do proprietário do título. O visado nunca teve nada a ver com a contabilidade e gestão financeira do periódico. Ponto final. Nem deste, nem de nenhum periódico, esclareça-se. Mas pelos vistos, nos últimos tempos e com a ”chegada” à ribalta de alguns arrivistas-interesseiros, a linha editorial incomodava-os. Também os incomodavam alguns articulistas, com destaque para o Fernando Figueiredo. E quiseram exercer o poder da sua “censura”…

Quanto à capacidade de disparar, como dizia o saudoso Fernando Ruas numa das suas habituais “boutades”referindo-se aos “atiradores de esferográfica”… essa, não a deterão nem aos cunhetes de verdades, porque as balas são isso: metáfora da Verdade. Aquela que fere.

Contudo e se fosse esse o caso, entender-se o director como um sniper acocorado em cima do telhado, talvez do edifício do Banco de Portugal, é uma visão distorcida de western spaghetti …

Ou então, no entendimento destes “senhores”, um director de jornal deve ser uma vaca mansa a pastar num prado verde e a dar leitinho mimosa, com palhinha e tudo…

Será? Não, não é, ou pelo menos, não o deve ser.  E por isso, o “director Paulo Neto” saiu porta fora pelo simples motivo de não aceitar ordens, directrizes ideológicas, cangotes ou azias de subcidadãos muito ignaros das democráticas regras, mais se assemelhando a sudaneses tribais, aos gritos savana afora. Não vou por aí. Não fui por aí. Estou aqui.

A visão desta nefanda classe de fabianos é a de que, quem não é por mim, está contra mim. Ademais, é a da intocabilidade, não percebendo que todos os actos públicos, na sua transparência, devem ser publicamente escrutinados.

E se um ”homem da polis” não gosta de ouvir críticas acerca da sua actuação, tem uma solução simples: Actua acima delas, com rigor, transparência, idoneidade, critério, honestidade e isenção.

A ser assim, ainda lhe acontece como ao General Ramalho Eanes, transforma-se em símbolo, em exemplo e em modelo do que deve ser um “homem público” e do que é, na sua essência, o espírito de missão.

Estamos entendidos? Guardem lá as balas e os “canhangulos” Sejam só… “transparentes”!

E se quiserem caçar, procurem uma coutada ou aproveitem, e vão a uma batida aos javalis.  Com o Obélix!

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