Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, o morgado de Agra de Freimas

  A polémica da exclusividade dos deputados é matéria que já fez correr muita tinta pelas bancadas abaixo da Assembleia da República. Em vão. Quando e se proposta, a maioria de imediato dela foge como o diabo da cruz… A questão que se coloca é meramente retórica: Porque vão “eles” para deputados? Porque salvo as […]

  • 18:34 | Quinta-feira, 02 de Abril de 2015
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A polémica da exclusividade dos deputados é matéria que já fez correr muita tinta pelas bancadas abaixo da Assembleia da República. Em vão.
Quando e se proposta, a maioria de imediato dela foge como o diabo da cruz…
A questão que se coloca é meramente retórica: Porque vão “eles” para deputados? Porque salvo as raras e honrosas excepções, há que tratar da “vidinha”. Ponto final.
Há uma profunda hipocrisia no assunto, uma cegueira conveniente e um conjunto de circunstâncias muito pouco dignificantes da classe dos políticos partidários, que até fazem bicha para o ser, apesar de considerada, em geral, uma “classe” de bastante oportunismo e de muitas incompetências rasteiras e convenientes. Mas que tem poder, embora raramente com autoridade. Eis o busílis!
O compadre Zacarias até diz “se gostassem de trabalhar não iam para a política!”… mas isto é um desabafo cáustico dele, que anda muito condoído com o mau estado da Nação. Coitados dos deputados… e dos banqueiros… Dantes eram os árbitros, mas até estes foram já ultrapassados.
Longe vai o tempo em que os havia por missão, dedicação e amor à causa pública. Gente que ficará para sempre nos anais de São Bento. Que gravou a ouro de lei momentos parlamentares inolvidáveis no esteio firme da sua argumentação, seriedade e nobreza das causas pugnadas.
Este caso em epígrafe, o de Luís Montenegro e da avença com a Câmara de Espinho, será semelhante a tantos outros tão bem retratados no livro do jornalista Gustavo Sampaio, “Os Facilitadores”, mostrando-nos um político crítico, arauto da moral republicana, das boas práticas emergentes das bancadas do hemiciclo, com pesadas responsabilidades enquanto líder parlamentar do PSD, que ainda há bem pouco tempo veio a Viseu com Marcelo Rebelo de Sousa apontar o caminho… decerto um cidadão impoluto.
Mas esta coisa de prestar consultoria, ele ou escritório de advogados que integra, a uma autarquia laranja por dezenas de milhares de euros, em ajuste directo, tem que se lhe diga.
Pode ser uma prestação de serviços eivada da mais luminosa transparência, mas até se arrisca a parecer um “arranjinho” que não credibiliza os envolvidos, deputado/poder local, antes os apoucando… se possível.
Camilo diria: “A queda de um anjo”, referindo-se, claro, a  Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, morgado de Agra de Freimas.
 
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Publicado em Editorial