As "trapalhonices" da CGD

A eficaz gestão do sr. Macedo, o da CGD, parece só ser real na engorda dos accionistas, como já aqui referimos, à custa de taxas sobre tudo, custos acrescidos para todas as operações, juros quase a zero, encerramento de balcões, dispensa de funcionários, ATM’s sem manutenção, sistema com falhas crónicas que começam na Caixa Directa […]

  • 12:21 | Sábado, 05 de Outubro de 2019
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A eficaz gestão do sr. Macedo, o da CGD, parece só ser real na engorda dos accionistas, como já aqui referimos, à custa de taxas sobre tudo, custos acrescidos para todas as operações, juros quase a zero, encerramento de balcões, dispensa de funcionários, ATM’s sem manutenção, sistema com falhas crónicas que começam na Caixa Directa e acabam nos monitores de senhas de algumas agências, etc. e tal.

Vinte dias após a o 14 de Setembro, que pôs fim ao uso integral das cadernetas, começaram os utentes a receber, aos soluços os cartões de débito que as passaram a substituir. Entretanto a administração da CGD, numa forma bizarra de “cegueira”, fez de contas que estava tudo a correr maravilhosamente, mau-grado os prejuízos criados a centenas de milhares de clientes que usavam esse meio para depositar e levantar dinheiro, e nem uma palavra de desculpa ou justificação se ouviu daquela arrogante plêiade de nomeados gestores.

Agora, e como noticiaram o Expresso, o Público, etc., os clientes não estão a conseguir usar cartões de crédito e débito devido a “um problema técnico”, segundo a CGD.


Este inexplicável e lesivo disfuncionamento, absolutamente descredibilizador de um serviço que se quer isento de falhas, vai desde a utilização de terminais multibanco, ao levantamentos nos multibancos, ao MBWay, ao pagamentos de compras feitas em lojas comerciais e outras, tc., etc., etc.

No alheado desdém habitual, na negligência que se vem tornado em hábito, a CGD, a montante dos danos que causa e que começam a ser regra e não excepção, declara para acalmar os ânimos (???):

Não há, para já, qualquer indicação sobre quando poderá o problema estar resolvido.”

E lacónicos, os responsáveis cingem-se a esta pérola elucidativa:

“Trata-se de um problema que envolve as comunicações com a entidade gestora.”

Até podiam dizer mais, por exemplo exlicar porque existe esse problema. Mas isso, era dar confiança aos clientes, dela aparentemente pouco merecedores…

Nas redes sociais, os relatos de utentes lesados proliferam e, a título de mero exemplo, são deste tipo:

“A caixa Geral de depósitos parou em Portugal neste momento. Acabei de passar a maior vergonha da minha vida nas compras quando fui pagar e não deu, fui ao multibanco levantar e não deu, fui de carro a outro ATM e não deu. Liguei a 3 contactos para transferir e não deu.”

O sr. Macedo lá no seu luxuoso “bunker”, olimpicamente, parece estar-se borrifando para os constrangimentos que os seus maus serviços prestam.

O Governo, principal accionista, está-se nas tintas e anda aos votos.

O Banco de Portugal, entidade reguladora, continua como a Bela Adormecida, em letárgico e enfeitiçado sono secular.

Paulo Neto

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