Almeida Henriques “vende Viseu” à Saba?

Aos poucos, Almeida Henriques vai “alienando” por 15 e 30 anos o espaço viseense que, a pretexto da smart city, ecologia, melhor cidade para viver e outras parlapatonices bonitinhas no papel que não na realidade quotidianamente observável, servem de calçadeira a estes intentos cúpidos de arranjar dinheiro a qualquer custo. Neste caso, principalmente do já  tão depauperado bolso dos munícipes.

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  • 21:47 | Domingo, 20 de Dezembro de 2020
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Este assunto já foi aqui várias vezes abordado. Trata-se da entrega da concessão do espaço público dos estacionamentos, por deliberação camarária aprovada a 3 de Maio de 2018, os criados e os a criar, à Saba Portugal e à Egis Portugal, contra o pagamento de 3,25 milhões de euros e uma entrega trimestral de 25,75% sobre a receita global dos parquímetros.

Almeida Henriques foi à época claro nas suas declarações:

“Estará em vigor, durante 15 anos, a exploração dos actuais parques de estacionamento do Mercado 21 de Agosto e Hospital Velho e dos actuais lugares públicos de estacionamento pagos na via pública na cidade de Viseu. E, por 30 anos, o parque de estacionamento de Santa Cristina e três futuros parques de estacionamento”.

Vem dizer que por agora os preços não serão mexidos. Claro, provavelmente até outubro de 2021 não é nada conveniente fazê-lo. Depois das eleições, no caso de ganhar, é acelerar a fundo. No caso de não ganhar, ao seu sucessor deixará um belo de um presente envenenado para partilhar com os munícipes, esses sim, os verdadeiros pagadores do regabofe.


Aos poucos, Almeida Henriques vai “alienando” por 15 e 30 anos o espaço viseense que, a pretexto da smart city, ecologia, melhor cidade para viver e outras parlapatonices bonitinhas no papel que não na realidade quotidianamente observável, servem de calçadeira a estes intentos cúpidos de arranjar dinheiro a qualquer custo. Neste caso, principalmente do já tão depauperado bolso dos munícipes.

Mas não ficamos por aqui, pois temos ainda a construção de 3 parques de estacionamento na cidade, a juntar ao de S. Cristina que raramente esgota a lotação, esburacando a cidade a torto e a esmo em pontos chave do seu casco histórico, causando danos irreversíveis na geografia local a troco de uma pseudo modernice para os parolos verem, sem que tal traga para a cidade e seus habitantes uma qualquer mais-valia palpável.

O tempo virá em que, por efeitos de irradiação, o estacionamento pago chegará à porta do leitor, mesmo nos sossegados e pacatos bairros suburbanos.

A questão que se coloca é esta: Almeida Henriques tinha estas “façanhas” declaradas no seu programa eleitoral? Foi para isto eleito? Ou será que depois de eleito se achou no direito de fazer não o que prometeu mas tudo aquilo que nunca prometeu, mas tinha premeditado?

Boa questão…

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