A poucos meses das eleições, duro golpe para a autarquia socialista de Resende

    O executivo de Resende liderado por Manuel Garcez Trindade, sucessor de António Borges, sofreu um duro revés. Tendo celebrado um contrato de empréstimo com a CCAM, em 9 de Junho de 2014, no montante de 1.927.540,32€, por um prazo de 10 anos e visando “o saneamento financeiro do município” – será que o […]

  • 13:20 | Domingo, 16 de Outubro de 2016
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O executivo de Resende liderado por Manuel Garcez Trindade, sucessor de António Borges, sofreu um duro revés.
Tendo celebrado um contrato de empréstimo com a CCAM, em 9 de Junho de 2014, no montante de 1.927.540,32€, por um prazo de 10 anos e visando “o saneamento financeiro do município” – será que o Borges deixou a “casa” assim tão mal? – o empréstimo destinava-se, segundo o invocado, “para pagamento de um conjunto de facturas e outros documentos de dívida a terceiros”.
Porem, a 16 de Setembro de 2014, o Tribunal de Contas recusou o visto.
Inconformado, o município de Resende interpôs recurso, pedindo a sua revogação.
O desiderato não foi atendido e, em 26 de Abril de 2016, o Plenário da 1ª Secção daquele órgão, em 109 itens, nega provimento ao recurso, fundamentando-se em várias “ilegalidades e normas violadas de natureza financeira”.
Este duro golpe vai deixar o executivo PS a braços com problemas de sustentabilidade financeira muito graves, ademais com as eleições autárquicas de 2017 no horizonte.
Se já havia quem há muito vaticinasse a derrota de Garcez Trindade, agora, com as dificuldades assim acrescidas, as mangas da camisa já não darão para arregaçar. Ou então, os eflúvios durienses que tanto inspiraram Borges para a tomada do poder na Federação do PS Viseu, talvez, com seus suaves murmúrios, tragam as grandes ideias para, com sucesso, darem a volta ao texto, mas… desta vez, sem ilegalidades e/ou violação de normas.
O país precisa de autarquias que se façam respeitar, também, pelas suas boas práticas financeiras, além das muitas promessas, que serão, em 2017 como a chuva em Abril e as suas “águas mil”.
Neste interim, a distrital do PSD, agora encabeçada por Pedro Alves, Carlos Silva e Rui Ladeira, com facilidade reporá o “mapa laranja”, conquistando eventualmente cinco câmaras socialistas mais atribuladas pela sua gestão autárquica e pela inépcia de seus edis.
Adeus efémera CIM Viseu Dão Lafões “rosé” (ou nunca foi?), e não só…
Claro está que o comendador Borges já deitou as mãos ao leme e, passados estes prenúncios de procela, conquistará, com sua garra, firmeza, dinamismo, proximidade e determinação, o maior sucesso eleitoral de sempre no distrito de Viseu. Não se riam, que ele é homem para a façanha!
 
Nota: Acordão do TC Nº 10/2016 – 26.Abril-1ªS/PL, transitado em julgado as 12/05/2016.
 

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