Será um mito ou uma verdade científica que o comportamento de homens e mulheres é diferente?
Estudos recentes levados a cabo por cientistas de diferentes áreas, revelam que existem diferenças entre o cérebro de um homem e de uma mulher, logo processam a informação de forma distinta, o que resulta em diferentes visões, aptidões e comportamentos.
Assim se explica, uma maior aptidão e preferência por áreas que tenham como base a matemática por parte do sexo masculino e a facilidade com que as mulheres lidam com assuntos que tenham a ver com as emoções.
Concluir que um dos sexos é melhor do que o outro, ou que não há excepções à regra, pode ser muito perigoso e sexista. Se assim fosse, não existiriam mulheres engenheiras, pilotos de avião, astronautas ou cientistas, nem homens psicólogos, assistentes sociais ou psiquiatras.
Estas diferenças entre homens e mulheres são explicadas tendo por base estudos que remontam aos tempos da pré-história, segundo os quais, os papéis eram distintos para cada um dos sexos: os homens caçavam, as mulheres cuidavam dos filhos, das colheitas, dos agasalhos e da alimentação.
Foi esta organização das tarefas que levou ao aperfeiçoamento diferenciado das várias regiões do cérebro. Quando os homens saíam para caçar para assegurarem o alimento da família, era fundamental dominar melhor a noção de espaço e de distância e, é por isso que os homens, têm melhor sentido de orientação e uma visão muito mais global e à distância o que explica porque hoje têm melhor pontaria do que as mulheres nos jogos de setas ou no tiro ao alvo.
Os nossos antepassados do sexo masculino tinham de enfrentar os perigos da natureza, como os animais e até os outros homens tornaram-se mais fortes fisicamente e mais guerreiros. As mulheres, recolhidas na segurança da caverna, tiveram de desenvolver a capacidade de se desenvencilharem sozinhas nas diferentes tarefas e desenvolveram uma linguagem mais emotiva como resultado da sua forte ligação aos filhos e tornaram-se mais faladoras, porque provavelmente tinham que entreter, no pequeno espaço da caverna, os filhos com histórias e também para não morrerem enfastiadas e de tédio.
Quando uma mulher tagarela, às vezes só pelo prazer de tagarelar, pode ser uma forma de exorcizar os fantasmas que tanto afligiram as nossas antepassadas das cavernas.
Ondina Freixo