Há novas regras para o transporte de bagagem de mão. Por decisão europeia esta não pode ser objeto de sobretaxa, desde que as malas cumpram os requisitos de peso e dimensões agora definidos pela UE. O certo é que, antes da nova norma de uniformização, esta cobrança extra para os passageiros motivou centenas de reclamações no Portal da Queixa.
No seguimento desta nova norma que vem, agora, clarificar os direitos dos passageiros e eliminar sobretaxas indevidas, o Portal da Queixa analisou a intensidade do problema e apurou um elevado nível de insatisfação dos passageiros, refletido em centenas de reclamações contra as companhias aéreas.
No primeiro semestre do ano, o Portal da Queixa identificou um aumento expressivo de 72% no número de reclamações relacionadas com a cobrança por excesso de bagagem de mão, em comparação com o período homólogo de 2024, com os meses de fevereiro e março de 2025, a registar os maiores picos de ocorrências.
Segundo os dados analisados, entre janeiro de 2024 até junho de 2025, as operadoras que recolheram mais reclamações dos passageiros referentes a sobretaxas nas malas de cabine foram: Ryanair com 29,85%, EasyJet com 21,64% e a TAP com 8,21%.
Mário Silva foi um dos consumidores que partilhou, no Portal da Queixa, a má experiência e a insatisfação com a Ryanair: “Esta companhia faz low cost mas faz extorsão para pagamento de malas não sendo explícito nas suas dimensões, medi a mala antes de fazer viagem e cumpria todas as medidas, no entanto a companhia diz que as rodas também contam e em nenhum lado está explícito isso no bilhete. Paguei mais 70€.”
Segundo anunciou a A4E, a medida de uniformização deverá estar totalmente aplicada pelas companhias aéreas até ao final da época de verão de 2025.