Fernando Ruas começou a cortar fitas

Depois de ter inaugurado o mercado 2 de Maio e a Central de Camionagem, obras do seu antecessor, António Almeida Henriques, na falta de mais obras para inaugurar – elas não nascem de geração espontânea – passou a inaugurar espaços comerciais. E muito bem. A tesoura deve estar enferrujada e sempre lhe vai dando algum uso.

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  • 11:37 | Sexta-feira, 27 de Junho de 2025
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O perene presidente da autarquia viseense, Fernando Ruas, que numa recente entrevista se diz contra a lei da limitação dos mandatos, ele que com uma interrupção para cumprir a legislação em vigor já vai aí para uns 28 anos de discreta missão ao serviço da coisa pública, deverá agora intentar mais um mandato a ver se alcança os 32 anos e, finalmente, começar a apresentar obra feita, para além das bonitas rotundas da cidade, que são, de facto, um primor.

Ainda pensámos que, com tanto anúncio, pompa e circunstância, fosse agora dar início à obra do “seu” Centro de Artes. Mas não, foi apenas uma demolição, ali para os lados da avenida da Europa que, evidentemente, não é a mesma coisa de uma construção. Dizem os entendidos que demolir custa pouco e é rápido, que o difícil e caro é mesmo construir.

Depois de ter inaugurado o mercado 2 de Maio e a Central de Camionagem, obras do seu antecessor, António Almeida Henriques, na falta de mais obras para inaugurar – elas não nascem de geração espontânea – passou a inaugurar espaços comerciais. E muito bem. A tesoura deve estar enferrujada e sempre lhe vai dando algum uso.


Porém… a obra não é dele, como aconteceu agora com a inauguração oficial da loja da Primark, no Palácio do Gelo e, ao implementar esta prática, criando o precedente, porque todos os comerciantes a trabalhar arduamente em Viseu são iguais, começará decerto a inaugurar toda e qualquer loja que abra portas no Concelho. Sob o risco de não o fazendo poder ser acusado de parcial e de mesureiro para os grandes e indiferente e alheado para os pequenos. O que, decerto, não será o caso.

Deveria era ter levado consigo o presidente da Assembleia Municipal, figura muito decorativo nos registos fotográficos de festas, feiras e arraiais. Ou também lá estava, mas mais recatado?

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