“O nosso Zé Mário…”

    Íntegro, inteligente, intrépido, ilustrado e inspirado são apenas cinco modestos adjectivos que me ocorrem, sem sair da letra “i”, para descrever o meu Amigo José Mário Cardoso. Sernancelhe habituou-nos há muito a festejar condignamente o 25 de Abril, dia da Democracia, da Liberdade e da Fraternidade. Para o município, este ano, a efeméride […]

  • 21:37 | Domingo, 19 de Abril de 2015
  • Ler em 2 minutos

 
 
Íntegro, inteligente, intrépido, ilustrado e inspirado são apenas cinco modestos adjectivos que me ocorrem, sem sair da letra “i”, para descrever o meu Amigo José Mário Cardoso.
Sernancelhe habituou-nos há muito a festejar condignamente o 25 de Abril, dia da Democracia, da Liberdade e da Fraternidade.
Para o município, este ano, a efeméride ganha arras de maior festividade, porque além de ser a data em que, condigna e emotivamente, galardoa seus cidadãos de Honra e Mérito, em momentos de elevação partilhados com muito afecto, legitimidade, alegria e genuinidade, este ano, Sernancelhe homenageia o seu cessante autarca, José Mário Cardoso.
Mais de duas décadas à frente do município pelo PPD/PSD, este Homem que há quarenta anos incluo com orgulho nos meus cada vez mais escassos amigos, pela sua condição humana, às inúmeras qualidades juntará um punhado de defeitos. A perfeição é divina… Os amigos não lhos lobrigam e só os adversários, tementes e em vão, lhos apontam. As pugnas político-partidárias fazem parte dos folclores dos poderes central e local. Adiante. O que é inquestionável e suprapartidário é a justeza e a justiça desta homenagem e é a obra que este autarca industrioso legou a Sernancelhe e aos sernancelhenses.
Colocou o seu território bem no mapa de Portugal. Deu-lhe uma feição moderna sem o descaracterizar. Dotou-o de um nome culturalmente relevante nas artes, na música, na literatura. Redignificou produtos endógenos como a castanha. Dotou todo o concelho das infra estruturas adequadas e invejadas por muitas urbes. Trouxe a Sernancelhe grandes vultos nacionais e internacionais, independentemente do seu credo ou ideologia. Foi um impoluto gestor da “coisa pública”.
Homem firme nos afectos, diligente esposo e pai, um amigo duradoiro que no próximo sábado dará à Medalha de Honra de Sernancelhe nova grandeza, novo significado, maior responsabilidade e mais relevante prestígio.
Exemplar no modo como legou o testemunho da Presidência a quem com mérito o sucedeu, deixou discípulos no dinamismo e na arte da modelar municipalidade.
O “nosso” saudoso Senhor Engº Aquilino Ribeiro Machado, um democrata e socialista da mais límpida água, no seu saber e perspicácia, nas muitas dezenas de emails que trocámos, sempre que a ele se referia, com o mais salutar afecto, assim o fazia: “O nosso Zé Mário…” Sabia de quem falava.
É o “nosso Zé Mário”, aquele com quem estaremos no próximo 25 de Abril.

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial