Ó António, vai-te lixar com o “RIGOR”!

  Perante os cartazes eleitorais afixados pelo PS uma só questão (e básica) se coloca: o que querem dizer? Depois, podemos ainda tentar descobrir: A quem se dirigem? O escrito é: “Trabalhar com RIGOR para as pessoas.” Entre aspas amarelas e com o “O” em amarelo. Claro que estamos perante uma mensagem falhada. Medíocre, mesmo. […]

  • 19:02 | Quarta-feira, 17 de Junho de 2015
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Perante os cartazes eleitorais afixados pelo PS uma só questão (e básica) se coloca: o que querem dizer? Depois, podemos ainda tentar descobrir: A quem se dirigem?
O escrito é: “Trabalhar com RIGOR para as pessoas.” Entre aspas amarelas e com o “O” em amarelo.
Claro que estamos perante uma mensagem falhada. Medíocre, mesmo. A própria imagem de António Costa, à esquerda do texto, mostra-nos uma personagem compungida, contrariada e retraída.
O “COSTA” aparece a vermelho o “O” volta ao amarelo gema de ovo… Modas?
Não deve um político trabalhar para as pessoas que o elegem? E com todo o rigor?
O que quer dizer “rigor” para 5 milhões de portugueses? Talvez nem saibam o que significa, com a debordante iliteracia que por aí grassa.
Os outros 5 milhões de eleitores, têm qual opinião dos políticos rigorosos? A pior. Político, em geral, não tem rigor, é mentiroso, oportunista, corrupto, serve-se e aos seus interesses. Quando muito alarga seu serviço ao clube muito privado da sua claque e faz manguitos ao Zé…
Se formos a um dicionário, por exemplo, o da Academia de Ciências de Lisboa, para “Rigor” encontramos as seguintes entradas:
Resistência à tensão e à pressão = dureza, rigidez.
Resistência à mudança de comportamento ou à aplicação de normas e preceitos aquando da sua aplicação = inflexibilidade, severidade.
Acto severo ou intransigente = crueldade, maldade.
Observação escrupulosa de regras = exactidão, precisão.
Ausência de sensibilidade, meiguice ou brandura = indiferença, insensibilidade.
Carácter extremado das condições atmosféricas…
Qual escolhemos, Costa?
Sendo uma palavra polissémica, isto é, passível de vários significados, é altamente subjectiva, e, assim sendo, subjectiviza na sua conotação a mensagem que serve.
Logo, a mensagem sendo equívoca é ambígua. E de ambiguidades e equívocos andam os portugueses fartos. Era essa a ideia? Então acertaram no alvo.
Porém, parece-me é que este cinzentismo se está a tornar de uma exagerada opacidade e hoje, para votarmos, queremos o contrário = transparência. E como transparência não tem “O”, escusam até de usar o “gema d’ovo”…
E finalmente, quem é o receptor ou destinatário? O Ti Manel da Cova do Monte ou o Dr. Antunes da Avenida de Roma?

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