VG + VC= VV

    A corrupção poder-se-á considerar uma espécie de parasita social. O corruptor procura as fragilidades dos putativos corruptíveis. Encontrado o alvo, a “maleita” progride inexoravelmente, beneficiando poucos e prejudicando muitos. A corrupção é uma das maiores adversárias da democracia. O combate à corrupção deve ser uma prioridade constante, dificultando as ações inescrupulosas e imorais. […]

  • 14:34 | Domingo, 16 de Novembro de 2014
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A corrupção poder-se-á considerar uma espécie de parasita social. O corruptor procura as fragilidades dos putativos corruptíveis. Encontrado o alvo, a “maleita” progride inexoravelmente, beneficiando poucos e prejudicando muitos. A corrupção é uma das maiores adversárias da democracia. O combate à corrupção deve ser uma prioridade constante, dificultando as ações inescrupulosas e imorais.


Em Portugal, a concessão de “Vistos Gold”(VG) poderá ter degenerado em “Vistos Corrupção” (VC).

Foram detidos o Diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e altos quadros da justiça. Não sendo os VG uma originalidade portuguesa, são questionáveis tanto a sua criação como a definição dos critérios de atribuição. Parecem não ser mais do que um meio para o desejável encaixe financeiro, pressupondo apenas a robusta capacidade económica do candidato, independentemente da origem do dinheiro ou do perfil e currículo dos seus proprietários.

Afinal de contas, “o dinheiro não tem cor”, nem “rosto”, nem “rasto”…

Quando se junta a fome com a vontade de comer, o resultado é um dos 7 pecados mortais, a gula!

Não negligenciando o princípio da presunção da inocência, este caso deve servir para refletirmos. A megaoperacão Labirinto não deve fazer jus ao nome, tornar-se de tal forma labiríntica que o caminho para a justiça seja impossível de encontrar.

Precisamos muito de dinheiro, mas valerá a pena abdicar de valores morais e éticos em função da melhoria orçamental? Sinceramente, não me parece. Vou mais longe, acabem com os Vistos da Vergonha (VV), já!

 

Nota: Paula Teixeira da Cruz, Ministra da Justiça, reagiu bem, não caindo na tentação de “empurrar com a barriga” ou não prestar declarações.

Disse: “A lei é para cumprir. Somos todos iguais perante a lei. Eu disse várias vezes que não haverá impunidade, fosse com quem fosse e custasse isso o que custasse. Não sei se já terminou ou não a investigação. Isto significa que há, como nunca houve, a separação de poderes.”

http://www.publico.pt/multimedia/video/ministra-da-justica-reage-a-buscas-sobre-vistos-gold-20141113200120

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Publicado em Opinião