Sem Garantia

Depois de revelada, por um gabinete de advogados, a ata da reunião de emergência do Banco de Portugal de dia 3 de Agosto de 2014 tudo fica mais claro, ou talvez não. Deixo dúvidas e inquietações: 1. Sobre os 10 mil milhões de euros exigidos pelo BCE e que, segundo a ata, precipitaram a solução […]

  • 11:47 | Terça-feira, 12 de Agosto de 2014
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Depois de revelada, por um gabinete de advogados, a ata da reunião de emergência do Banco de Portugal de dia 3 de Agosto de 2014 tudo fica mais claro, ou talvez não.

Deixo dúvidas e inquietações:
1. Sobre os 10 mil milhões de euros exigidos pelo BCE e que, segundo a ata, precipitaram a solução inovadora: Na mesma ata o valor que aparece (Ativos de Bancos Centrais) refere pouco mais de 8,339 mil milhões. Então não deveria ser 10 mil milhões (BCE, Banco Central Europeu) + 3,5 mil milhões (ELA, Banco Central de Portugal) = 13,5 mil milhões (total de recursos de Bancos Centrais)?
2. Desde quando é que o BES beneficia do ()? Desde o fim de Junho? Se isso é verdade, quer dizer que o banco estava já insolvente durante todo o mês de Julho, e já não conseguia liquidez via BCE porque não tinha garantias (colaterais), enquanto que todos andavam a dizer que tudo ia bem e era sólido.
3. A 1 de Agosto o BES tinha 3.5 mil milhões via ELA. Mas isso é dinheiro público gerido pelo BdP e atribuído de forma discricionária pelo BdP em situações de emergência SEM GARANTIA (qd o BCE já não injeta mais liquidez).
4. Uma falência desordenada do BES conduziria a colocar esse valor do ELA em dívida pública (relembro, sem garantia)?
5. Portanto, a solução inovadora foi a de substituir esse dinheiro por dinheiro da TROIKA? É isso?
 
 

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Publicado em Opinião