RTP2 COM SINAL +

    Dei por mim a pensar: “Ainda bem que não desligaram o sinal da RTP2”. A ameaça pairou, durante algum tempo: “Modelos de privatização em análise passam pelo fim da RTP2” (RTP, 06 de setembro de 2012). Poder assistir a dois programas seguidos de grande qualidade é um privilégio. Refiro-me ao “Rock Rendez Vous” […]

  • 11:13 | Domingo, 15 de Fevereiro de 2015
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Dei por mim a pensar: “Ainda bem que não desligaram o sinal da RTP2”. A ameaça pairou, durante algum tempo: “Modelos de privatização em análise passam pelo fim da RTP2” (RTP, 06 de setembro de 2012).


Poder assistir a dois programas seguidos de grande qualidade é um privilégio. Refiro-me ao “Rock Rendez Vous” que deu a conhecer a história do mais famoso local de concertos de Lisboa, na história do Rock Português e a “Este Sábado”, um programa de entrevista levado a cabo por Rosário Lira e António Costa (Antena 1 e Diário Económico). Desta vez, entrevistaram o Conselheiro de Estado Alfredo Bruto da Costa (um senhor que dá gosto ouvir, mesmo que não se concorde com todas as ideias que defende…)

Este canal, não tenho dúvidas, é o que mais se aproxima do tão “badalado” serviço público. Desligar-lhe a ficha significa dar mais uma machadada nos conteúdos culturais da televisão portuguesa. Quem não tiver capacidade para pagar uma assinatura mensal, se for privado da RTP2, fica emparedado entre o “telelixo”, a vulgaridade e o “voyeurismo”.

É um gosto poder contar na grelha de programação com programas como “O Povo que ainda Canta” – uma série de documentários que mostram várias facetas da música portuguesa através dos seus protagonistas, um trabalho do realizador Tiago Pereira – e “Borgen” – um drama que conta a história dos Jogos Políticos na Dinamarca.

Birgitte Nyborg (Sidse Babett Knudsen), na nova temporada, já não é primeira-ministra e tenta regressar ao comando do partido. Uma das questões latentes, ao longo da série, reside na equação: será possível alcançar o poder e mantermo-nos fiéis a nós próprios? O que pensa o leitor?

Os realizadores fizeram uma excelente “fotografia” do relacionamento entre políticos e jornalistas, expondo os muitos pontos de contacto e interdependências mútuas.

Um canal pouco visto, mas que merece a nossa atenção.

Lanço um desafio, se não tem o hábito de ver a RTP2, desafie-se, experimente e verá que vai gostar! Vale mesmo a pena!

 

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Publicado em Opinião