REFUGIADOS: SINAIS PREOCUPANTES

  A Alemanha decidiu reintroduzir temporariamente o controlo na fronteira com a Áustria, suspendendo o acordo de Schengen para tentar controlar o elevado número de refugiados que todos os dias entram no país. Uma decisão controversa que já mereceu uma chuva de críticas. Talvez seja bom, todos os países europeus contribuírem para a resolução conjunta […]

  • 21:21 | Quinta-feira, 17 de Setembro de 2015
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A Alemanha decidiu reintroduzir temporariamente o controlo na fronteira com a Áustria, suspendendo o acordo de Schengen para tentar controlar o elevado número de refugiados que todos os dias entram no país.

Uma decisão controversa que já mereceu uma chuva de críticas. Talvez seja bom, todos os países europeus contribuírem para a resolução conjunta que se impõe à Europa e não à Alemanha, à Suécia, à Grécia ou à Hungria.


Não concordo com a medida embora a compreenda enquanto meio de pressionar os restantes países a colaborarem na integração de milhares de pessoas que fogem à morte.

Entretanto, cá pelo burgo tenho ouvido algumas coisas perturbadoras a gente jovem que entre o comentário do último concerto e a análise à nova novela da SIC “Coração d’ Ouro” vai opinando:

“Já viste como são as coisas? São refugiados mas têm telemóveis e alguns até têm smartphone…”

“Não quero cá essa gente. Não aceitam decotes e saias curtas?”

“Conheces aquela minha amiga que namorava com o muçulmano? Já acabaram, aquilo não dava. Ter que aceitar ordens, não poder vestir o que queria, ter que ir ao templo…”

“Até os podemos aceitar, mas têm que ser colocados num campo de refugiados como os que existem em África. Damos comida, água, eletricidade, mas não poderão sair de lá e terão que cumprir as nossas regras.”

“Ajudar, ajudar, ajudar. E os sem-abrigo que vivem debaixo da ponte? E os nossos pobres que perderam as casas? Não concordo que lhe sejam dadas casas” 

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Publicado em Opinião