Reféns do Síndrome de Estocolmo

Já sabemos que nas “falsas” democracias contemporâneas o dinheiro gera poder e que o poder gera dinheiro. Quanto a indicadores tangíveis, basta consultar os mais recentes estudos da O.C.D.E.[1] . O egoísmo e acomodação na zona de conforto, só conduzem ao afastamento da razão e alheamento da cidadania. Por isso, não devem os cidadãos subjugarem-se […]

  • 22:15 | Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2016
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Já sabemos que nas “falsas” democracias contemporâneas o dinheiro gera poder e que o poder gera dinheiro. Quanto a indicadores tangíveis, basta consultar os mais recentes estudos da O.C.D.E.[1] .

O egoísmo e acomodação na zona de conforto, só conduzem ao afastamento da razão e alheamento da cidadania. Por isso, não devem os cidadãos subjugarem-se á  vontade do poder financeiro e de organizações de interesses subversivos.

Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário que implica resiliência. Jamais podemos ignorar a alegada realidade manipulativa do lobby do poder financeiro perante a opinião pública sob a forma de Síndrome de Estocolmo.


O Síndrome de Estocolmo[2] é um mecanismo de defesa comum e adaptação submissa face a constrangimentos que qualquer cidadão pode estar sujeito, funcionando como um mecanismo de sobrevivência do ser humano que, em vez de se revoltar contra o carrasco que (por ex.) promove a agressão, sequestro, extorsão, burla ou tortura, nutre por ele amizade, simpatia e até adoração.

Do ponto de vista psicanalítico, há traços de caráter sádico ou masoquista implícito na personalidade, que podem em certas circunstâncias de abuso, desenvolverem um mecanismo inconsciente irracional de defesa, na tentativa de projetar sentimentos de afeto para com “agressores, sequestradores ou violadores” que pode passar por fazer cedências num cenário de “negociação” sobre algum tipo de acordo entre a relação vítima/agressor na tentativa de reduzir o clima de tensão e medo. O estado psicológico pode também ser desenvolvido em pessoas que enfrentam situações de grande ameaça, retaliação ou intimidação[3].

Estes processos psíquicos inconscientes e a sua relação entre vítima/agressor, podem ser entendidos numa ampla gama de contextos com tendência para a reincidência e ocultação dos factos. Consistem essencialmente num auto-engano sobre as verdadeiras intenções da ameaça e normalmente passa pela desculpabilização do agressor, ou, inversa e paradoxalmente, pelo desenvolvimento de auto-culpabilização face á situação, em que a vítima tende a considerar que, de alguma forma, merece aquele “castigo”.

É a única explicação para o estranho comportamento da maior parte dos cidadãos, que aceitam ser dominados e subjugados pela vontade de terceiros, e que não raras vezes, agem subtilmente na esfera de alegados… tráfico de influências, conflito de interesse, conluio, favorecimento e até corrupção[4].

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Publicado em Opinião