PROFESSORES INDIGNADOS QUE SÃO INDIGNOS

    Alguns professores estão muito indignados porque colegas de profissão lhes ocupam os lugares em resultado de apresentarem condições específicas, mais precisamente de saúde do próprio, do cônjuge, de descendentes ou ascendentes. Uma senhora professora resolveu criar uma petição exigindo que os professores em mobilidade por doença sejam submetidos a junta médica para que […]

  • 21:23 | Segunda-feira, 27 de Julho de 2015
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Alguns professores estão muito indignados porque colegas de profissão lhes ocupam os lugares em resultado de apresentarem condições específicas, mais precisamente de saúde do próprio, do cônjuge, de descendentes ou ascendentes.


Uma senhora professora resolveu criar uma petição exigindo que os professores em mobilidade por doença sejam submetidos a junta médica para que se comprovem as declarações prestadas. Uma iniciativa duplamente insensata, desde logo porque as juntas médicas já se encontram contempladas na lei, qualquer cidadão que esteja de baixa médica poderá a ela ser submetido. Além da questão legal, há a moral. Senhora professora Ana Paula Neves, talvez não seja despiciendo pensar que um dia também poderá adoecer ou ter um ente querido a precisar de cuidados. Não acontece só aos outros. Senhora professora, se conhece algum caso concreto faça uma acusação formal para que as instituições possam tratar das situações de acordo com o que está estabelecido em letra de lei. É muito feio lançar um anátema sobre todos os seus colegas que sofrem no dia-a-dia para enfrentar doenças que, em muitos casos, poderão ser muito incapacitantes e merecerão um tratamento diferenciado.

Há pessoas muito criativas e que usam todos os meios possíveis e imagináveis para alcançar os seus objetivos? Há!

Poderão existir casos de professores que não reúnam as condições para usufruírem dos destacamentos? Sim! Há sempre quem não olhe a meios para atingir os seus fins, esses devem ser desmascarados e sofrer as consequências.

Contudo, nada justifica a caça às bruxas, ou seja, às baixas.

Não morro de amores por Mário Nogueira, já o critiquei muitas vezes. Neste caso, tem adoptado uma postura de serenidade e razoabilidade: “Se há situações fraudulentas que se denunciem, mas assumindo-as e concretizando-as. Não posso aceitar que se lance um manto de suspeição sobre todos quantos já sofrem pela doença. É muito perigoso lançar suspeitas sem provas quando está em causa um direito importantíssimo, o da proteção na doença.”

Estes senhores professores indignados são indignos da sua classe profissional que nos merece um grande respeito e consideração. Tenham juízo!

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Publicado em Opinião