PRESIDENCIAIS

    Curiosamente, as eleições presidenciais estão a tornar-se tão mediáticas que quase esquecemos a relevância política das eleições que se realizam este ano, as legislativas. Quando analisamos as sondagens, que valem o que valem, constatamos que dificilmente haverá uma maioria absoluta de um só partido e que a atual coligação, caso não se desfaça, […]

  • 21:46 | Domingo, 29 de Março de 2015
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Curiosamente, as eleições presidenciais estão a tornar-se tão mediáticas que quase esquecemos a relevância política das eleições que se realizam este ano, as legislativas. Quando analisamos as sondagens, que valem o que valem, constatamos que dificilmente haverá uma maioria absoluta de um só partido e que a atual coligação, caso não se desfaça, também dificilmente conseguirá tal desiderato.


Num cenário de imperativos acordos pós eleitorais, a figura do Presidente da República poderá ser determinante. Contudo, não é este o factor que tem colocado na agenda mediática a eleição do substituto do professor Cavaco, homem que não deixará grandes saudades. Foi precisamente o atual presidente que colocou o tema na ordem do dia, quando resolveu enunciar o perfil do português presidenciável, destacando a importância das competências em política externa para defender o país. Já foram ventilados muitos nomes: Marcelo Rebelo de Sousa, António Guterres, Rui Rio, Carvalho da Silva, Manuela Ferreira Leite, António Vitorino, Alberto João Jardim…

A verdade é que já se apresentou Henrique Neto, com o apoio declarado do apocalíptico Medina Carreira. Terá poucas possibilidades de sucesso, mas merece o respeito de todos nós. As reações a esta candidatura têm, em alguns momentos, sido despropositadas e reveladoras da falta de respeito por um cidadão que resolveu dar a cara e assumir um compromisso eleitoral. Compete a cada português julgar o valor das suas propostas. De “patético” a “bobo”, sucederam-se os impropérios, o segundo proferido pelo socialista Augusto Santos Silva. Compreende-se o nervosismo dos socialistas que talvez tenham sido surpreendidos pelo timing do anúncio da decisão.

O mais ridículo foi o inefável socrático José Lello que digitou no Facebook: “Henrique Neto candidato à Presidência? O Beppe Grillo português! Como se vota contra, afirmativamente?”

Se Henrique Neto é o “Beppe Português”, será José Lello o “Tiririca Tuga”? Com a devida vénia à genuinidade do candidato Tiririca!

 

 

 

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Publicado em Opinião