"O Dia da Raça"

O 10 de Junho é o dia do maior vate lusitano, Luís Vaz de Camões. Daí, o Dia de Portugal. Antes do 25 de Abril era o Dia da Raça. Geralmente, homenageavam-se a título póstumo militares caídos na guerra do ultramar e um ou outro político. Havia até uma música de intervenção que, se a […]

  • 14:17 | Terça-feira, 10 de Junho de 2014
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O 10 de Junho é o dia do maior vate lusitano, Luís Vaz de Camões. Daí, o Dia de Portugal.

Antes do 25 de Abril era o Dia da Raça. Geralmente, homenageavam-se a título póstumo militares caídos na guerra do ultramar e um ou outro político.

Havia até uma música de intervenção que, se a memória não me falha, cantava assim “Que mais queres tu, que mais queres tu se ao pôr-do-sol podes andar nu? Se perderes um braço nalguma batalha no Dia da Raça dão-te uma medalha“… passe a ironia cáustica e atenda-se apenas ao contexto epocal.


Hoje, vivemos em democracia. O presidente é Cavaco Silva. Gostemos ou não – e eu não gosto – Cavaco Silva é o presidente democraticamente eleito de Portugal. Que foi por 25% de votos, dizem alguns. Fácil se lhes responde: tivessem ido votar e não ficassem na abstenção…

Bom, o que fica do dia é o desfalecimento do Presidente. Que já não é um menino, nos seus 75 anos… Daí fez-se a chacota por todas as redes sociais e alguma comunicação social, acerca da sua “decrepitude”, “senilidade” e até comparações com a queda da cadeira de Salazar, a ela tão arreigado. Não embarcamos nesse bote, nem achamos curiais as manifs no Dia de Portugal. Aceitamos que sejam feitas quando tiverem mais impacto mediático, assim como aceitamos ser o Dia em causa de um profundo simbolismo que deve ser respeitado.

Ou já não é? E os portugueses nele deixaram de se rever angustiados por um dia-a-dia de sacrifícios, angústias e, nalguns casos, de insuperada sobrevivência…?

Também podemos compreender o porquê de alguns nomes agraciados e ficar perplexos perante outros. Volto ao cerne da questão: vivemos em democracia. Cavaco tem a legitimidade – e decerto terá os critérios – para seleccionar os agraciados.

Qualquer eleição democrática só perde, na nossa óptica, o efeito quando aquele que é receptor dos votos e da confiança dos portugueses, os engana para ser eleito, fazendo depois o oposto daquilo que induziu ao voto. Neste caso, Pedro Passos Coelho… que traíu a confiança de quem nele acreditou.

A lista dos agraciados é a que segue. O leitor atento que concorde ou discorde com alguns nomes, outros ignorando até quem sejam. Mas estas são as regras e quando deixarmos de as aceitar, as regras de um Estado de Direito e Democrático, queremos o quê? Uma ditadura?

 

Antigas Ordens Militares

 

Dr. António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino – Ordem Militar de Cristo (Grã-Cruz)

 

Juiz Conselheiro Vítor Manuel da Silva Caldeira – Ordem Militar de Cristo (Grã-Cruz)

 

Vice-Almirante José António de Oliveira Viegas – Ordem Militar de Avis (Grã-Cruz)

 

Tenente-General António José Maia de Mascarenhas – Ordem Militar de Avis (Grã-Cruz)

 

Major-General Sílvio José Pimenta Sampaio – Ordem Militar de Avis (Grande-Oficial)

 

Dr. Mário Costa Martins de Carvalho – Ordem de Sant’Iago da Espada (Grande-Oficial)

 

Prof. Doutor Rui L. Reis – Ordem de Sant’Iago da Espada (Comendador)

 

Doutor Rui M. Costa – Ordem de Sant’Iago da Espada (Comendador)

 

Rui Chafes – Ordem de Sant’Iago da Espada (Oficial)

 

Ordens Nacionais

 

Dr. António Castel-Branco do Amaral Borges – Ordem do Infante D. Henrique (Grã-Cruz) – A título póstumo

 

Prof. Doutor Manuel António Garcia Braga da Cruz – Ordem do Infante D. Henrique (Grã-Cruz)

 

Dr. Miguel António Igrejas Horta e Costa – Ordem do Infante D. Henrique (Grã-Cruz)

 

Prof. Doutor Eduardo Lourenço – Ordem da Liberdade (Grã-Cruz)

 

Dr. Álvaro dos Santos Amaro – Ordem do Infante D. Henrique (Grande-Oficial)

 

Prof. Doutor António Ressano Garcia Lamas – Ordem do Infante D. Henrique (Grande-Oficial)

 

Maria João Avillez Van Zeller – Ordem do Infante D. Henrique (Grande-Oficial)

 

Rodrigo Costa Leão Munoz Miguez – Ordem do Infante D. Henrique (Grande-Oficial)

 

Luís Manuel Godinho de Matos – Ordem do Infante D. Henrique (Comendador)

 

Maria Cristina de Castro – Ordem do Infante D. Henrique (Comendador) – A título póstumo

 

Ordens de Mérito Civil

 

Prof. Doutor Jorge Quina Ribeiro de Araújo – Ordem da Instrução Pública (Grã-Cruz)

 

Dr. António Mota de Sousa Horta Osório – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Comercial (Grã-Cruz)

 

Eng.º Zeinal Abedin Mohamed Bava – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Comercial (Grã-Cruz)

 

Eng.º António Afonso Reynaud de Melo Pires – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Indistrial (Grande-Oficial)

 

Alfredo Henriques – Ordem do Mérito (Comendador)

 

Eng.º António Jorge Nunes – Ordem do Mérito (Comendador)

 

Dr. António Magalhães da Silva – Ordem do Mérito (Comendador)

 

Maria da Luz Rosinha – Ordem do Mérito (Comendador)

 

Dra. Maria das Dores Meira – Ordem do Mérito (Comendador)

 

Dr. Sebastião Francisco Seruca Emídio – Ordem do Mérito (Comendador)

 

Mário Sérgio Alves Nuno – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Agrícola (Comendador)

 

Alberto Machado Ferreira – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)

 

Dra. Isabel Maria Mendes Furtado – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)

 

João Miranda – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)

 

José Eduardo Marques de Amorim – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)

 

Manuel Barbeiro Costa – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)

 

Manuel Madeira Grilo – Ordem do Mérito (Oficial)

 

Jorge Nunes – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Comercial (Oficial)

 

Escola Regional Outeiro de S. Miguel – Ordem do Mérito (Membro Honorário)

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